As cotas do fundo imobiliário Mogno Hotéis (MGHT11) despencaram no pregão desta terça-feira (9) após o comunicado sobre o atraso dos pagamentos de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs). No fechamento desta terça-feira (9), as cotas sofreram uma queda superior a 11%, sendo cotados a R$ 30,94. A Selina Hospitalidade, devedora dos títulos, já foi notificada sobre a dívida referentes às parcelas com vencimento no dia 27 de junho.
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Segundo o FII, os CRIs Selina, Selina II, Selina III e Selina IV representam 53% do patrimônio líquido do Mogno Hotéis. “A gestora tem feito todos os esforços para solucionar as questões acima indicadas com o intuito de restabelecer a adimplência dos aluguéis e dos CRIs, e tem mantido recentemente uma série de reuniões com os administradores das Devedoras, além da equipe de gestão de sua Controladora, Selina Hospitality PLC (“Controladora”)”, informou a Valora Renda Fixa, gestora do fundo, em comunicado.
Além dos CRIs inadimplentes, os cotistas do FII também foram afetados pelo atraso dos aluguéis referentes aos Hotéis Selina localizados na cidade de São Paulo (SP) e em Búzios, no Rio de Janeiro. As empresas Selina Brazil Hospitalidade e Selina Operation Hospedagem são as responsáveis pela locação dos imóveis. Segundo o último relatório gerencial do fundo, os dois imóveis correspondem a 52% do patrimônio líquido do Mogno Hotéeis.
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O impacto do calote na receita do fundo é de, aproximadamente, R$ 0,57 por cota. Por outro lado, a gestora reforça que o FII possui uma reserva acumulada de caixa para distribuição de R$ 0,49 por cota. O Mogno Hotéis adota uma estratégia de investimento voltada para empreendimentos imobiliários do segmento hoteleiro. Atualmente, mais de 5,2 mil cotistas mantêm posição no fundo imobiliário que possui patrimônio de R$ 112,7 milhões.