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- banco recomenda compra dos ativos da varejista, considerando que a deflação poderá oferecer alívio nas contas
- O Itaú BBA estimou que esses fatores poderiam aumentar a margem bruta da Renner em 50 a 90 pontos base em 2023, da previsão atual de 55,5% do banco.
A Lojas Renner (LREN3) terá desempenho melhor em 2023 do que no ano passado, disse o Itaú BBA em relatório. O banco recomenda a compra dos ativos da varejista, considerando que a deflação poderá oferecer alívio nas contas que foram prejudicadas pela alta dos preços verificada na indústria de vestuário em 2022.
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A Renner também deve se beneficiar com taxas de câmbio mais favoráveis do dólar neste ano, além de preços mais baixos de algodão e frete. O Itaú BBA estimou que esses fatores poderiam aumentar a margem bruta da Renner em 50 a 90 pontos base em 2023, da previsão atual de 55,5% do banco. A margem bruta geralmente indica a porcentagem de lucro que uma empresa tem sobre a venda de seus produtos.
Por mais que o banco reitere sua recomendação de compra, as ações da Renner (LREN3) apresentam um desempenho ruim em 2023. Desde o começo do ano, os papéis da companhia acumulam queda de 7,55%, cotados a R$ 17,87.
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O Itaú também destaca que o cenário macroeconômico e a alta na inflação prejudicou o setor de varejo na Bolsa, por não representar um consumo primordial para população – tanto que a correlação do segmento com o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil chega a 82%, de acordo com dados do Itaú BBA.
Disputa de mercado
O Itaú BBA também analisa que a Renner poderá dividir o espaço do mercado de roupas com a Shein, que teve um crescimento exponencial recentemente. De acordo com as estimativas dos analistas Thiago Macruz, Maria Clara Infantozzi, Gabriela Moraes e Clara Lustosa, que assinam o relatório, a Shein atingiu R$ 7,8 bilhões em volume bruto de mercadorias (GMV, na sigla em inglês) em 2022, mais do que triplicando os R$ 2 bilhões em 2021.
Esses valores significam uma participação de mercado de 27% no mundo online e de 5% no total de vestuário e mercado de calçados. No entanto, apenas cerca de 16% do total do mercado de vestuário é composto pela Shein e Renner combinadas, deixando espaço para crescimento da varejista brasileira, além do foco em diferentes públicos-alvo pelas duas companhias.