

A renda variável voltou ao radar das indicações do Santander (SANB11), após mais de um ano sem alteração – desde maior de 2022. Para o mês de junho, o banco recomenda o aumento de investimento em ações de 4% para 6% para investidores moderados. Já para clientes de perfis agressivos, a indicação saltou de 12% para 18%. Os conservadores, por sua vez, devem manter a posição zerada.
Segundo Arley Junior, estrategista de Investimentos do Santander, a expectativa com o corte na taxa básica de juros, a Selic, e a aprovação da nova regra fiscal animaram os investidores. “É a velha tendência de subir mais na expectativa do que no fato. E os investidores estão agora esperando um corte na taxa Selic a partir deste segundo semestre”, disse.
Em relatório, o banco afirma que reconhece o ambiente macroeconômico ainda como desafiador, tanto no Brasil quanto no exterior. Contudo, o nível de valuation do Ibovespa (próximo a 7,3x Preço/Lucro esperado para 2023, abaixo da média histórica de 11x) permite enxergar oportunidades a médio e longo prazo no mercado de ações.
Ações em destaque, segundo o Santander
Para o Santander, o mercado de ações já precificou uma “quantidade substancial de notícias negativas, com alguns ativos em bolsa, incluindo as taxas de juros reais de 10 anos, sendo negociados em níveis de valuation mais atraentes se comparados ao período de 2011-1T16, quando o Brasil passou por uma grave crise financeira”.
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Por conta disso, a instituição mantém o preço-alvo do Ibovespa em 122.000 pontos para o ano de 2023 e recomenda três ações para o mês de junho, que fazem parte das carteiras recomendadas: Banco do Brasil (BBAS3), Localiza (RENT3) e Iguatemi (IGTI11).
Crédito privado e IPCA também animam especialistas
Outra categoria que vem animando os especialistas do Santander é o crédito privado. Segundo a equipe, embora a modalidade ainda passe por uma acomodação, ela tem apresentando recuperação em títulos, considerados de maior qualidade de crédito.
Investimentos atrelados aos índices de preços também seguem como destaque para junho. Embora a inflação esteja apresentando desaceleração, com o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) caindo para 0,23% em maio, após alta de 0,61% em abril, o banco ainda vê como positivo esse indexador.