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Vestuário: as perspectivas para o setor e suas ações neste fim de ano

Especialistas ressaltam que há desconfiança com o cenário econômico atual, incluindo a inflação e juros altos

Vestuário: as perspectivas para o setor e suas ações neste fim de ano
Foto: Pixabay
  • O setor de vestuário é um dos que busca lucrar com as vendas da black friday e as compras de Natal
  • Análises de resultados do terceiro trimestre mostram que empresas da área têm conseguido receitas maiores do que as obtidas no mesmo período de 2019
  • Confira também as recomendações de especialistas para ações do setor

Por conta do fechamento do comércio presencial em 2020, decorrente da pandemia, empresas de diversos segmentos estão animados com a reabertura de lojas. O setor de vestuário é um dos que busca lucrar com as vendas da black friday e as compras de Natal.

Análises de resultados do terceiro trimestre mostram que empresas da área têm conseguido receitas maiores do que as obtidas no mesmo período de 2019, destaca Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos. Ele atribui o saldo à reabertura do comércio presencial, visto que o número de casos de covid-19 estão menores, pois a imunização completa alcançou mais de 56% dos brasileiros.

Impacto do cenário macro

Porém, especialistas ressaltam que há uma desconfiança com o cenário econômico atual, incluindo aí a inflação e os juros altos, com impacto nos resultados dessas empresas. “Se você conectar a confiança do consumidor com a venda delas ao longo do tempo, é possível ver uma relação. Ou seja, essas empresas não são alheias ao que acontece no Brasil”, ressalta Cruz. Segundo ele, mesmo que o período natalino seja historicamente positivo, a tendência é que haja maiores taxas de inadimplência.

Flávia Meireles, analista da Ágora Investimentos, diz que com a vacinação e reabertura de lojas, somadas ao período de compras, as expectativas tinham tudo para ser as melhores possíveis. “O cenário macroeconômico nacional preocupa. As pessoas vão gastar menos”.

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Segundo a Genial Investimentos, por conta da aceleração da inflação, o setor é impactado, já que a margem de lucro diminui com o aumento do custo de matérias-primas, além de reduzir o impulso de crescimento por conta da diminuição do poder de compra dos consumidores, especialmente os das classes classes C e D.

Recomendações

Para a Ágora Investimentos, os destaques do setor são Alpargatas (ALPA4) , SBF (SBFG3) e Renner (LREN3). A primeira pela exposição ao mercado internacional, o que gera uma receita em dólar ,e as duas outras pelo direcionamento a um público de maior poder aquisitivo, segundo explica Meireles.

A analista aponta que outras empresas do setor como Marisa (AMAR3), Guararapes Confecções (GUAR3) e C&A Modas (CEAB3) tiveram recomendação rebaixada de compra para neutra por conta do impacto do crescimento da inflação e da taxa de juros.

Cruz, estrategista da RB, ressalta o desempenho da Arezzo (ARZZ3), especialmente por conta do aumento de receita e lucro no 3T21, assim como o ‘bom gerenciamento’ de fusões e aquisições (M&A). “Ainda que concorrentes, como o Grupo Soma (SOMA3) também estejam de olho em negociações promissoras, como feito com a Hering”, indica.

Outra companhia de destaque por Cruz é a Renner (LREN3), que levantou recursos bilionários para fazer M&A também. “Acredito que ela vai divulgar alguma aquisição interessante e oportuna. Tem tudo para ser destaque, pensando em papéis mais tradicionais”, aponta.

Para o time de analistas da Genial Investimentos, quem deve sair na frente na temporada de balanço entre as empresa de fast fashion é a Renner (LREN3). “Apesar da deterioração do EBITDA relativo aos gastos do canal digital, que são cruciais para a estratégia futura da companhias, espera-se que ela apresente um crescimento de receita de dois dígitos com ganhos consistentes de market share”, aponta relatório.

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