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Por que é difícil ter retorno na Bolsa, segundo Stuhlberger

Para o gestor da Verde Asset, falta investimento em setores diferentes da mobilidade e do privatizável

Por que é difícil ter retorno na Bolsa, segundo Stuhlberger
Fundo Verde é comandado pelo megainvestidor Luis Stuhlberger. Foto: Iara Morselli/Estadão
  • "Não tem muita saída para o Brasil melhorar sem o PIB crescer", afirmou Luis Stuhlberger
  • Stuhlberger lembrou ainda que há um déficit de 40% a 50% de investimentos do setor público
  • "A necessidade desesperadora do Brasil é melhorar o ensino básico, fundamental e médio", disse

Ficou claro que não é mais possível obter retorno substancial com investimentos nas empresas listadas em bolsa se o Produto Interno Bruto (PIB) não cresce, comentou o gestor e sócio da Verde Asset, Luis Stuhlberger, em evento da Anbima e B3 realizado em São Paulo. “A leitura sempre foi a de que as empresas listadas têm vantagem competitiva em relação às medianas, porque conseguem captar mais fácil, mas agora está mais difícil. Não tem muita saída para o Brasil melhorar sem o PIB crescer”, afirmou.

Ele observou que o Brasil tem falta de investimento em setores que não estão relacionados à mobilidade e ao privatizável. Stuhlberger lembrou ainda que há um déficit de 40% a 50% de investimentos do setor público. “Esse é o nosso dilema. Existe uma pretensão do PT de reativar os investimentos públicos, o que foi muito mal feito antes e espero que tenham aprendido”, afirmou.

O sócio da Verde Asset disse ainda que o PT pretende repetir erros já cometidos, citando discursos do partido de refazer os programas de financiamento ao ensino Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) e o Prouni (Programa Universidade para Todos). “A necessidade desesperadora do Brasil é melhorar o ensino básico, fundamental e médio”, disse.

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O gestor também fez previsões a respeito de uma eventual vitória do candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, nesta outra reportagem. E disse ainda que, embora o mercado comente que a taxa de juros real de equilíbrio esteja entre 2% a 3%, na sua opinião se encontra mais próxima de 4%, como explicado nesta reportagem.

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