Mercado

Stuhlberger: vitória apertada de Lula impõe risco para investidor; Entenda

Gestor ainda ressalta que o Brasil não cresceu após as reformas feitas nos últimos anos

Polarização nas eleições desse ano é cada vez mais evidente. (Fotos: Amanda Perobelli/Reuters e Dida Sampaio/Estadão)
  • Stuhlberger disse que "não tem coragem" neste momento de montar posição direcional em juros prefixados e dólar
  • O Brasil fez várias reformas no passado recente, mas não conseguiu crescer

Por Altamiro Silva Junior e Karla Spotorno – O sócio da Verde Asset Management, Luis Stuhlberger, disse que não sabe como embutir nos preços dos ativos o risco do candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, ganhar as eleições com uma pequena vantagem em relação ao atual mandatário e candidato à reeleição pelo PL, Jair Bolsonaro, já que tal situação pode gerar contestação do resultado. “Seria um risco de banana republic”, afirmou nesta quarta-feira (03) o gestor em debate no evento Expert XP.

Por conta do risco de uma eventual vitória por uma pequena diferença de votos, Stuhlberger, um dos maiores gestores de fundo multimercados no Brasil, afirmou que “não tem coragem”, neste momento, de montar posição direcional em juros prefixados e dólar. “Eu tenho medo desse cenário 51% a 49% de eleição apertada, mas tenho posição na bolsa”, disse ele, ressaltando que o Brasil é o melhor lugar para se estar, porque “está todo mundo vendendo”.

O gestor também falou sobre riscos que o aumento da tensão entre os Estados Unidos e a China oferece aos mercados. Veja essa reportagem aqui.

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O Brasil fez várias reformas no passado recente, micro e macroeconômicas, mas não conseguiu crescer e agora entrou em um período de populismo eleitoral, disse o gestor da Verde. Segundo ele, se Lula ganhar, os gastos públicos serão maiores, o que vai pressionar a inflação e a taxa de juros.

“O ativo que mais sofre quando o juro sobe é a bolsa”, disse o gestor. Stuhlberger disse que depois de ter feito reformas importantes, como a da Previdência e a Trabalhista, além de outras microeconômicas, “o Brasil infelizmente não cresceu”.