

Há uma semana, quando anunciou o seu tão prometido pacote de tarifas recíprocas, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deu início a um movimento de sell off global. Os receios com a guerra comercial e seus impactos na economia mundial fez com que as Bolsas de Valores em diferentes países amargassem quedas. Um levantamento feito pela Quantum Finance mostrou 21 índices de ações pelo mundo acumularam perdas desde o dia 02 de abril até ontem (8).
Os piores desempenhos foram da Itália, de Hong Kong e da Argentina, todos na casa de 14% de desvalorização. As Bolsas de NY perderam cerca de 10%, enquanto o Ibovespa está conseguindo se segurar em meio ao caos e, até ontem, caía “apenas” 4,24% na semana – o segundo melhor desempenho do período.
Vale destacar que o levantamento foi feito antes do anúncio desta tarde (9), feito por Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, que suspendeu por 90 dias as tarifas recíprocas anunciadas há uma semana. A pausa vale para aqueles países que não retaliaram os EUA. A China, que sobretaxou o país em 84%, agora terá uma alíquota de 125% com vigência imediata. A tarifa recíproca às outras nações foi reduzida para 10% pelos próximos 90 dias.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
A decisão de Trump gerou uma disparada das Bolsas nos EUA e do Ibovespa, devolvendo as perdas que os índices haviam acumulado nas sessões anteriores. As Bolsas da Europa e da Ásia devem precificar a medida no pregão de amanhã, já que estavam fechadas no momento do anúncio.
Na última semana, as ações brasileiras sofreram bastante. Aqui, mostramos que a Petrobras (PETR4) havia perdido R$ 75 bilhões até ontem após o tarifaço de Trump. Lá fora, no entanto, as perdas foram muito expressivas: somente nos dois primeiros pregões após o anúncio, as ações americanas perderam US$ 5,4 bi.
Outros impactos da guerra comercial
Em uma semana, os mercados globais viveram muitos momentos de tensão. Depois de Trump anunciar tarifas de 10% a 34% sobre importações de diferentes países nos EUA, as primeiras respostas começam a chegar. A China, que foi o principal alvo do tarifaço, anunciou uma retaliação a importações americanas que foi, novamente, respondida por Trump. Agora, os EUA vão taxar produtos chineses em 125%, enquanto o gigante asiático vai impor tarifas de 84% sobre produtos americanos.
Nesta quarta-feira (9), a União Europeia aprovou uma lista de produtos americanos que estarão sujeitos a tarifas a partir de 15 de abril, incluindo soja, suco de laranja, carne e motocicletas. O tarifaço também fez peso nas commodities. O ouro foi para perto da máxima história, acima dos US$ 3 mil, enquanto o petróleo caiu abaixo de US$ 60 o barril pela primeira vez desde 2021. O dólar chegou a superar os R$ 6, mas também voltou a cair após o anúncio da pausa nas tarifas desta tarde.
Publicidade