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Tesouro Direto sai do ar depois de taxas prefixadas se aproximarem de 15% ao ano

Por volta das 12h30 desta segunda-feira (9), o Tesouro Direto só permitia a negociação do Tesouro Selic; situação voltou ao normal antes das 14h

Tesouro Direto sai do ar depois de taxas prefixadas se aproximarem de 15% ao ano
Tesouro Direto. (Foto: Adobe Stock)
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  • O site do Tesouro Direto deu um 'circuit breaker' por volta de 12h30 desta segunda-feira (9) e só permitia que investidores negociassem títulos do Tesouro Selic
  • Geralmente, há interrupção de negociações quando a volatilidade das taxas de juros está muito alta
  • Pela manhã, os títulos bateram recorde de rentabilidade, com o vencimento curto se aproximando de 15% de retorno anual

O site do Tesouro Direto deu um ‘circuit breaker’ por volta de 12h30 desta segunda-feira (9) e só permitia que investidores negociassem títulos do Tesouro Selic. A negociação dos outros ativos prefixados e IPCA+ estava fora do ar. A situação voltou ao normal no início da tarde, com todos os títulos sendo negociados na plataforma por volta das 14h.

Geralmente, há interrupção de negociações quando a volatilidade das taxas de juros está muito altaPela manhã, como mostramos aqui, os títulos do Tesouro Prefixado bateram recorde de rentabilidade. O Tesouro Prefixado 2027 oferecia 14,75% ao ano ao investidor, enquanto o ativo com vencimento em 2031 rende anuais 14,26%.

O Tesouro IPCA+ também era negociado com taxas elevadas. O título com vencimento em 2029 era oferecido a um retorno anual de 7,38% ao ano, além da variação de inflação. O Tesouro Educa+ 2026 oferecia IPCA + 7,46%.

Por que as taxas estão em alta

A abertura das taxas do Tesouro Direto vem acontecendo já há algum tempo, mas se acentuou nos primeiros pregões de dezembro. Até o fechamento de novembro, nem o Tesouro Prefixado 2027, nem o 2031 tinham rompido os 14% de retorno anual. Agora, o título mais curto se aproxima dos 15% ao ano.

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A baixa confiança de investidores com a situação fiscal do País piorou depois de o Executivo apresentar, no final de novembro, as medidas voltadas ao ajuste fiscal. Desde então, a curva de juros brasileira passa por um ajuste acentuado, enquanto alguns players do mercado revisando para cima as projeções para a Selic até 15% ao ano.

O Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne nesta quarta-feira (11) para decidir sobre o futuro dos juros no país. A tendência é que o grupo do Banco Central opte por elevar a Selic em 0,75 ponto percentual, levando a taxa para 12,00% ao ano.