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O resultado financeiro da Vale (VALE3) entre abril e junho deste ano surpreendeu ao superar parte das estimativas de algumas corretoras e bancos de investimentos. O lucro líquido (proforma) de US$ 2,117 bilhões, por exemplo, superou em 41% as estimativas do mercado que foram compiladas pelo Prévias Broadcast. Esse desempenho reflete o efeito positivo da variação cambial do resultado financeiro.
Contudo, os números dividiram o mercado entre os que enxergam a mineradora como uma oportunidade de investimento e aqueles que estão cautelosos com a companhia. O grande vilão para esta falta de consenso tem sido o preço do minério de ferro.
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Para a XP, os resultados da Vale (VALE3) vieram ligeiramente melhores, com destaque para o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado de US$ 3,4 bilhões. O volume supera em 4% as estimativas da corretora e em 7% o consenso de mercado. A XP destacou ainda a redução anual de 5% nos custos do cobre e as melhorias na eficiência de custos em soluções de minério de ferro.
Os números também vieram acompanhados pelo anúncio do pagamento de juros sobre capital próprio (JCP) de R$ 1,90 por ação, que resulta, segundo a XP, em um dividend yield de aproximadamente 3,5%. Mesmo com os avanços positivos, a corretora não recomenda a compra do papel.
“Reiteramos nossa recomendação Neutra, diante de uma perspectiva relativamente mais cautelosa para os preços do minério de ferro”, escreveram os analistas Lucas Laghi, Guilherme Nippes e Fernando Urbano em relatório, divulgado na manhã de sexta-feira (1).
A Ativa Investimentos também tem uma visão similar. Em relatório, a corretora classificou os resultados da Vale (VALE3) como ‘ok’ e destacou proventos superiores ao esperado, a capacidade de ampliar a sua flexibilidade para acelerar seu programa de recompras e a revisão para baixo do guidance (projeções) dos seus custos no segmento de cobre.
Para a casa, esses anúncios devem favorecer uma reação positiva do papel no pregão desta sexta (1). No entanto, ainda permanecem cautelosos com a companhia.
“Apesar das recentes sinalizações de maior racionalização no setor siderúrgico chinês serem positivas, elas ainda não são suficientes para alterar nossa visão”, justifica Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos, a recomendação neutra para o papel.
Já o Citi vai na direção contrária e recomenda compra dos American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas). O banco estabelece um preço-alvo de US$ 12, o que representa potencial de valorização de 25,9% em relação ao último pregão.
Os analistas Alexander Hacking, Gabriel Barra e Stefan Weskott destacam que os números dos metais básico ultrapassaram as expectativas. O motivo tem relação com os gastos menores e receitas mais robustas de subprodutos de ouro. O trio destacou ainda os custos do cobre que recuaram 60% em igual período do ano anterior, enquanto os do níquel cederam 30% no mesmo intervalo de tempo.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de US$ 3,4 bilhões superou as expectativas do Citi que esperava um resultado na ordem de US$ 3,2 bilhões, assim como os proventos que vieram 9% acima das estimativas do banco. O Safra também faz parte do grupos dos ‘otimistas’ com a Vale. O banco de investimentos classificou como ‘positiva’ o balanço do segundo trimestre da mineradora devido à geração de fluxo de caixa livre (FCF) e ao Ebitda acima do consenso.
“Acreditamos que os resultados da Vale devem melhorar sequencialmente no terceiro trimestre de 2025, impulsionados por maiores vendas de minério de ferro e menor custo C1 (custo caixa de produção do minério de ferro)”, disse Ricardo Monegaglia, do Safra.
Com base nesta perspectiva, o banco espera uma alta de 28% nos próximos meses da ação da Vale ao estabelecer um preço-alvo de R$ 68.
Com informações do Broadcast
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