

O julgamento em Londres contra a mineradora BHP, sobre o rompimento da barragem de Fundão em Mariana em 2015, foi concluído na quinta-feira (13). A BHP e a Vale (VALE3) emitiram nota em conjunto afirmando que estão trabalhando “lado a lado” para indenizar as vítimas pela tragédia. Elas criticaram o processo em andamento no Reino Unido, visto que, para as empresas, ele já aborda questões resolvidas no Brasil.
Na visão dos especialistas do Bradesco BBI e da Ágora Investimentos, o veredito é esperado nos próximos meses e provavelmente sairá entre junho e julho deste ano. Se a decisão for favorável às vítimas, o processo passará para uma fase que determinará os valores de indenização entre outubro de 2026 e março de 2027, seguida por uma fase em que cada reclamante precisará provar seus danos individuais, potencialmente após 2028. Eles lembram que o processo envolve 630 mil pessoas que reivindicam 36 bilhões de libras em danos das duas mineradoras.
Julgamento vai impactar os dividendos da Vale?
“Embora continuemos monitorando de perto os desenvolvimentos futuros, continuamos a considerar o acordo anunciado em 24 de outubro como os termos finais para o assunto, o que por ora, não modifica nossas estimativas de dividendos da Vale”, apontam Rafael Barcellos do Bradesco BBI e Renato Chanes da Ágora Investimentos. Em seu guia de ações, a Ágora estima um dividend yield (rendimento de dividendos) para a VALE3 de 7,1% para o acumulado de 2025.
A corretora também tem recomendação de compra para Vale (VALE3) com preço-alvo de R$ 78,00 para o fim de 2025, alta de 43,1% em relação ao fechamento de quinta-feira (13), quando a ação encerrou o pregão a R$ 54,50.
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