Os lucros da empresa de Warren Buffett – investidor apelidado de “Oráculo de Omaha” – melhoraram 17% graças a uma temporada de furacões relativamente amena e a mais ganhos de investimentos em celulose este ano, enquanto a Berkshire Hathaway continua a se preparar para que o lendário investidor de 95 anos renuncie ao título de CEO em janeiro.
O investimento de US$ 9,7 bilhões do mês passado na OxyChem não fará muito para diminuir a pilha de dinheiro de US$ 381,7 bilhões que a Berkshire tinha no final de setembro, embora seja o maior negócio que a empresa fez em anos.
A maior preocupação dos investidores, no momento, é que o vice-presidente da Berkshire, Greg Abel, está prestes a suceder Buffett como CEO em janeiro, enquanto o fundador continuará como presidente do conselho. As ações classe A permanecem bem abaixo do pico de US$ 812.855, registrado pouco antes de Buffett surpreender os acionistas na assembleia anual de maio ao anunciar que se afastaria; fecharam a sexta-feira (31) a US$ 715.740.
A Berkshire informou no sábado (1º) que lucrou US$ 30,796 bilhões, ou US$ 21.413 por ação classe A, no trimestre, ante US$ 26,251 bilhões, ou US$ 18.272 por ação classe A, um ano antes.
O lucro operacional da Berkshire saltou para US$ 13,485 bilhões, impulsionado por forte recuperação no segmento de seguros. Um ano atrás, a companhia reportou ganhos operacionais de US$ 10,09 bilhões.
Menores perdas catastróficas por furacões neste ano, em comparação com o furacão Helene, que devastou o Sudeste em 2024, elevaram o lucro de subscrição de seguros em US$ 1,6 bilhão, para US$ 2,369 bilhões. O resultado também foi favorecido por US$ 331 milhões em ganhos com dívidas denominadas em moedas estrangeiras, frente a perda de US$ 1,1 bilhão nessas posições no ano passado.
A maioria das outras subsidiárias da Berkshire apresentou bom desempenho no trimestre, embora os lucros nas concessionárias de energia tenham recuado quase 9%, para US$ 1,489 bilhão.