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Fitch rebaixa ratings da Americanas (AMER3); Entenda o risco de calote

O rebaixamento das notas ocorre após a varejista anunciar um rombo contábil na ordem de R$ 20 bilhões

Fitch rebaixa ratings da Americanas (AMER3); Entenda o risco de calote
Fachada Americanas Express. Crédito: Sérgio Moraes/Reuters
  • A Fitch, agência de classificação de risco, rebaixou os IDRs (Ratings de Inadimplência do Emissor) de longo prazo em moedas estrangeira e local da Lojas Americanas (AMER3) de “BB” para “CC”
  • Já o rating de crédito nacional foi de “AA+(bra)” para “CC(bra)”
  • O rebaixamento das notas vem após a varejista anunciar inconsistências contábeis na ordem de R$ 20 bilhões em fato relevante publicado na noite de quarta-feira (11)

A Fitch, agência de classificação de risco, rebaixou os Ratings de Inadimplência do Emissor (IDRs) de longo prazo em moedas estrangeira e local da Lojas Americanas (AMER3) de “BB” para “CC” nesta sexta-feira (13). O rating de crédito nacional foi de “AA+(bra)” para “CC(bra)”. Isso significa que a empresa apresenta um risco muito alto de dar calote. Abaixo de “CC”, estão apenas o rating “C”, que indica um risco de crédito excepcionalmente alto, e o “D”, associado a default (calote).

O rebaixamento das notas ocorre após a varejista anunciar inconsistências contábeis na ordem de R$ 20 bilhões por meio de fato relevante publicado na noite de quarta-feira (11). No dia seguinte, o ex-CEO da empresa Sergio Rial esclareceu que o valor não foi registrado da forma correta nos balanços da companhia. Parte da conta de fornecedores era, na verdade, dívida bancária.

De acordo com a Fitch, os problemas contábeis deverão elevar o indicador de dívida líquida ajustada da companhia, pelos critérios da agência, de 5,5 vezes para 11,9 vezes. Além disso, a Fitch acredita que a Americanas deve entrar em acordo de standstill, que representa um pacto formal realizado com credores para evitar o pedido de recuperação judicial. Caso o caso chegue à Justiça, os ratings serão rebaixados para “C”.

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A agência também aponta que o escândalo afetou a governança corporativa da empresa, que representa um dos indicadores ESG (sigla para ações ambientais, sociais e de governança). O rombo de R$ 20 bilhões indicou uma estrutura de capital insustentável e uma falta de transparência por parte da companhia, alegou a agência de classificação de risco. Com isso, a Fitch considera improvável uma elevação dos ratings, que só poderia acontecer caso a Americanas conseguisse levantar capital em montante significativo.

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