Ação da Berkshire (BERK34) atinge maior valor de mercado na história; entenda. (Foto: Rick Wilking/Reuters)
A Berkshire Hathaway (BRK), holding comandada pelo megainvestidor Warren Buffet, reportou lucro de US$ 35,9 bilhões no segundo trimestre de 2023, revertendo um prejuízo de US$ 43,6 bilhões no mesmo período do ano passado. O caixa da companhia atingiu um recorde de quase US$ 150 bilhões no período.
No segundo trimestre do ano passado, o desempenho da empresa foi impactado por perdas não recorrentes de US$ 66,9 bilhões em investimentos e contratos derivativos. No segundo trimestre deste ano, essa linha do balanço foi positiva em US$ 33 bilhões. O resultado veio praticamente em linha com o esperado pelo mercado, com as receitas atingindo US$ 92 bilhões, uma alta de 21%.
A holding sediada em Omaha, nos EUA, é dona de inúmeros negócios, como seguradoras, linhas ferroviárias e empresas de serviços públicos. Grande parte do resultado reportado neste segundo semestre se deu pela valorização do seu portfólio de investimentos.
O estrategista-chefe da Avenue, Willian Castro Alves, destaca que somente a Apple (AAPL), maior posição da BRK, com US$ 178 bilhões em ações, reportou um ganho ainda não realizado de US$ 26 bilhões.
O aumento das taxas de juros nos EUA e melhores resultados na seguradora de automóveis Geico também ajudaram nos resultados da companhia de investimentos de Omaha. A Berkshire registrou um aumento de 14% na receita das apólices de seguro, o que ajudou a aumentar as vendas totais.
Alves nota que o cenário mais adverso ao risco teve impacto na decisão de investimentos da holding, que aumentou o caixa para US$ 147,377 bilhões no final de junho, ante os US$ 130,616 bilhões do 1T23. A empresa também recomprou menos ações nesse trimestre, um total de cerca de US$ 1,4 bilhão, elevando o total acumulado no ano para US$ 5,8 bilhões. “Isso representa um ‘yield’ de pouco mais de 1%”, diz o estrategista.
A Berkshire Hathaway também reduziu sua exposição a Chevron, vendendo US$ 1,4 bilhões em ações da empresa.