- Em uma rodada de reuniões com investidores europeus, o BTG Pactual (BPAC11) afirma que o assunto mais discutido foi o Nubank, assim como aconteceu em encontros com investidores americanos e brasileiros
- O BTG ainda afirma ter ficado surpreso com o quão ativos os europeus são na negociação dos papéis do Bradesco e do Itaú
Em uma rodada de reuniões com investidores europeus, o BTG Pactual (BPAC11) afirma que o assunto mais discutido foi o Nubank, assim como aconteceu em encontros com investidores americanos e brasileiros. De acordo com a casa, houve grande interesse, em especial com a rentabilidade da unidade brasileira e o fato de a inadimplência estar sob controle.
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Segundo o analista Eduardo Rosman, o interesse aconteceu a despeito de os investidores da Europa estarem menos posicionados no papel que nos do Brasil e em especial os dos Estados Unidos. O BTG destaca que o diretor de relações com investidores da fintech, Jorg Friedemann, também estava em uma rodada de reuniões com investidores europeus, aumentando o interesse dos investidores locais pela tese.
“Os investidores discutem cada vez mais a avaliação de mercado do Nubank e as oportunidades de crescimento, em forte contraste com anos anteriores, em que a tese não era um consenso”, escreve Rosman.
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Outros papéis também chamaram atenção nas discussões. O BTG afirma ter ficado surpreso com o quão ativos os europeus são na negociação dos papéis do Bradesco e do Itaú. Segundo o relato, o grupo enxerga o banco da Cidade de Deus como um beneficiário da queda da Selic e segue otimista com a ação, mesmo com o mau desempenho dos papéis nos últimos meses.
Adicionalmente, o BTG afirma ter encontrado, na Europa, mais detentores e também maior interesse nos papéis do Banco do Brasil que em reuniões locais e nos Estados Unidos. Junto com o Itaú, o papel do BB é o predileto da casa no setor bancário.
Seguradoras e mercado de capitais
O BTG relata ainda que há alguns grandes investidores da BB Seguridade na Europa, mas que havia um grande desconhecimento, nas reuniões, sobre o fato de que a holding não paga juros sobre capital próprio, o que a torna mais atrativa no caso de esse mecanismo ser extinto pelo governo.
Além disso, segundo o banco, houve mais discussões sobre a Cielo que nos Estados Unidos, com destaque para a Cateno, uma “máquina de geração de caixa” que está “debaixo do radar” da maior parte dos investidores estrangeiros, afirma a casa. O relatório afirma que não há grande otimismo com as credenciadoras, mas houve interesse em discutir Stone e PagSeguro, vistas como beneficiárias em um cenário de queda dos juros.
Rosman comenta ainda que os europeus preferem utilizar a B3, e não a XP, como veículo para aproveitar o impacto dos juros mais baixos sobre o mercado brasileiro de capitais. “A XP tem sido uma batata quente no Brasil recentemente, com as projeções para o primeiro trimestre melhorando muito em um período curto, levando a um forte rali em abril, mas sentimos menos interesse que o esperado.”