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- A possível redução de preços pela Petrobras chegaria ao valor de R$ 0,23/litro
- O impacto da volta dos impostos federais chegaria a R$0,89/litro.
A volta dos impostos federais na composição do valor dos combustíveis e potenciais descontos praticados pela Petrobras (PETR4 e PETR3) para mitigar o impacto da reoneração nas bombas dos postos escancarou as incertezas em relação à política de preços da estatal. E este é justamente o fator preponderante que pode implicar em mudanças significativas na lucratividade da empresa, segundo conclusão da análise do Itaú BBA.
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Em relatório, os analistas Monique Greco, Bruna Amorim e Eric de Mello afirmam que a incerteza na política de preços da petrolífera segue como um tópico de atenção para os investidores, podendo impactar o caixa da companhia em caso de desconexão com a paridade de preços internacionais. “O assunto (reoneração dos combustíveis) chama a atenção para o futuro da política de preços da Petrobras, que continua sendo um incerteza para a história de investimento da empresa”, afirmam.
De acordo com o Itaú BBA, ainda não está claro quais são as alternativas técnicas para a política de preços da estatal tendo em vista que atualmente ela está toda fundamentada na paridade com o que a estatal paga na importação de combustíveis.
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A volta dos impostos federais às bombas de gasolina, determinada ontem (28) pelo governo, fará com que o preço para o consumidor final fique mais caro mesmo se a Petrobras diminuir o preço nas refinarias, disse o relatório. De acordo com números da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), compartilhados no documento do Itaú BBA, a possível redução de preços pela Petrobras chegaria ao valor de R$ 0,23/litro de gasolina.
É necessário destacar que as Medidas Provisórias (MP) 192/2022 e 194/2022 que desoneravam os combustíveis, promulgadas durante o governo de Jair Messias Bolsonaro (PL), foram formas artificiais para baixar o preço nas bombas e controlar a inflação. A determinação ocorreu logo após o início da guerra na Ucrânia, que pressionou a inflação global e as cadeias de distribuição, no intuito de diminuir o impacto do conflito na economia nacional.
O valor dos combustíveis é um dos principais componentes do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fato que transforma a Petrobras em uma ferramenta para o controle da inflação, além de um instrumento para independência energética.
O impacto anual da desoneração dos combustíveis para a situação fiscal do País, de cerca de R$ 30 bilhões aos cofres públicos, faz parte da principal argumentação do governo federal para a volta da cobrança.
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