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Preço de passagem aérea bate recorde e segue subindo em 2023. Até quando?

Dados da Anac mostram recordes em 2022 e 2023. Entenda o que está por trás dos aumentos

Preço de passagem aérea bate recorde e segue subindo em 2023. Até quando?
Fila de aviões no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Foto: JF Diório/Estadão
  • Passagens aéreas atingiram o maior valor médio em 10 anos no Brasil, de acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)
  • A projeção é de preços ainda mais altos devido à manutenção de combustível e dólar elevados
  • Em janeiro deste ano, o valor médio das passagens ficou em R$ 591,66, o maior para este mês da série histórica iniciada em 2013

As passagens aéreas das companhias que atuam no Brasil atingiram, em janeiro deste ano, o maior valor médio para o mês de toda a série histórica acompanhada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Com a manutenção de combustível e dólar elevados, a projeção é de preços ainda mais altos.

Os dados públicos da Anac mostram que o valor médio de janeiro ficou em R$ 591,66, maior da série iniciada em 2013. Em janeiro do ano passado, a média de janeiro ficou em R$ 509. Em fevereiro o valor foi um dos maiores, ficando R$ 572,12, o maior desde 2014.

Os valores são corrigidos pela inflação. Entre os anos já consolidados, 2022 teve o maior preço médio de toda a série, ficando em R$ 644,50. O maior valor desde então era o de 2013, quando ficou em R$ 559. Na comparação de 2022 com 2021, a alta foi de 17%. Nesta reportagem, mostramos as dicas essenciais para comprar passagem aérea com desconto.

O que explica a alta no preço das passagens?

As principais razões para os recordes são o alto valor do combustível de aviação, patamar ainda elevado do dólar e o processo de recuperação diante da crise causada pela pandemia de Covid-19. Os dados da Anac mostram que o fluxo de passageiros em fevereiro deste ano ficou 14% menor que o mesmo mês de 2020.

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Luiz Henrique Garcia, assessor de investimentos com certificação CFP®, observa que não há perspectiva de queda dos preços das passagens no curto prazo. “Não vemos tendência de queda do combustível e dólar no curto prazo”, explica.

Diante de maiores custos, as companhias seguem buscando reduzir custos de operação, com movimentos que tendem a encarecer ainda mais as tarifas. “Destinos que contavam com até seis voos diários, agora passaram para três”, diz Garcia, sobre fator que contribui para elevação dos preços.

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