- Tarcísio de Freitas avalia realizar a privatização da Sabesp nos moldes da Eletrobras
- Segundo Tarcísio, aumento de tarifa é "falso"
- Para o governador eleito de São Paulo, há ineficiências na companhia
O governador eleito, Tarcísio de Freitas (Republicanos), avalia a privatização da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) (SBSP3) sob o modelo de capitalização da Eletrobras (ELET3), que inclui a venda de participação na B3.
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“Se esse for o melhor caminho, tem facilidade de já ser uma empresa listada em bolsa porque você está falando de uma operação de mercado, venda de participação no mercado”, disse Tarcísio sobre a possibilidade de privatização, em evento na Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
Tarcísio também disse que é “falso” aumento de tarifa com a entrada da iniciativa privada. “A gente tem um grande valor aqui que são os contratos de concessão que geram upside nessa operação de capitalização e no final das contas isso permite a redução de tarifas.”
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Segundo o site da Sabesp, o estado de São Paulo já detém 50,3% da empresa, enquanto 34,4% está na B3 e 15,3% na bolsa de valores de Nova York.
Tarcísio destacou ainda os pontos que considera benéficos na privatização. “Você não precisa sair completamente da empresa, você pode simplesmente abrir mão do controle, manter uma parte, ter assento no conselho, ter golden share, ter participação nas decisões estratégicas e aí a empresa pode ganhar valor e lá na frente você discute”, disse.
“Se nada for feito, a Sabesp vai perder valor paulatinamente. Se a gente quiser antecipar a meta de universalização do saneamento, a gente tem de jogar muito investimento para dentro, e esse investimento pode e deve vir da iniciativa privada”, afirmou.
Para o governador eleito, o custo da Sabesp é 20% maior do que o custo regulatório.
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A companhia reportou lucro líquido de R$ 1,08 bilhão no terceiro trimestre de 2022, um avanço de 130% sobre o mesmo período do ano passado. Nos últimos 12 meses, as ações da estatal se valorizaram em 51,76%.
Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado totalizou R$ 2,1 bilhões de julho a setembro, um avanço de 19,4% sobre um ano antes.