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Credit Suisse oferece bônus para que executivos permaneçam no banco

Recentes escândalos afetaram as compensações baseadas em ações, provocando um crescente êxodo de executivos para outras empresas

Credit Suisse oferece bônus para que executivos permaneçam no banco
Fachada de um prédio do Credit Suisse, em Winterthur, na Suíça (Foto: Reuters/Arnd Wiegmann)
  • O banco sediado em Zurique está oferecendo bônus para segurar alguns diretores executivos e outros funcionários de alto escalão no banco de investimento
  • O processo está sendo gerido de maneira discreta a fim de evitar divisões entre as empresas onde alguns estão recebendo polpudas compensações e outros nada

(Patrick Winters, Ambereen Choudhury e Marion Halftermeyer/WP Bloomberg) – O grupo Credit Suisse está distribuindo remunerações seletivas a funcionários de alto escalão depois que recentes escândalos, como o colapso da Archegos Capital Management, afetaram as compensações baseadas em ações, provocando um crescente êxodo de executivos para outras empresas.

O banco sediado em Zurique está oferecendo bônus para segurar alguns diretores executivos e outros funcionários de alto escalão no banco de investimento, segundo pessoas familiarizadas com o assunto. O processo está sendo gerido de maneira discreta a fim de evitar divisões entre as empresas onde alguns estão recebendo polpudas compensações e outros nada, acrescentaram as fontes.

Os últimos a sair foram dois funcionários seniores do banco de investimentos de Nova York, Andrew Conway e Charles Hadid, que foram respectivamente para o Bank of America Corp. e para o Morgan Stanley, segundo as fontes.

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O Credit Suisse passa por um dos mais difíceis períodos desde a grande crise financeira, abalado pelo duplo colapso do Archegos e do Greensill Capital, neste ano, que além de prejuízos de vários bilhões de dólares para a instituição, afetou a sua reputação. O novo presidente do conselho administrativo, Antonio Horta-Osorio, promete um profundo exame e afirma que as duas crises foram além de qualquer outra experiência pela qual ele tenha passado em mais de trinta e cinco anos no setor.

O banco não quis comentar as remunerações.

Agora, os concorrentes estão vendo o segundo maior banco da Suíça como um fértil terreno de caça de talentos que de outro modo seria difícil atrair furtivamente, informaram as fontes a par dos acontecimentos das últimas semanas. O risco das saídas está se estendendo além do banco de investimentos, já que os gerentes de relacionamento com clientes ricos também lutam para tranquilizá-los.

O Credit Suisse começou a considerar a distribuição de remunerações dado o número crescente de negociadores de destaque que saíram da instituição nos dois últimos meses.

John Pilant, diretor global de serviços de ‘investment banking’ foi para o Truist Financial Corp., enquanto o diretor de serviços financeiros, Alejandro Przygoda, foi para o Jefferies Financial Group Inc., juntamente com pelo menos outros três colegas. Isto ocorreu após as recentes partidas de pelo menos quatro outros membros do grupo de instituições financeiras para concorrentes como o Barclays, Bank of America e Goldman Sachs.

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Tradução de Anna Capovilla

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