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Dólar cai mais de 2% com realização de lucros após rali dos primeiros dias do ano

  • Às 15h05, o dólar à vista cedia 2,12%, a 5,3870 reais na venda, perto da mínima do dia, de 5,383 reais (-2,19%) e distante da máxima da sessão, de 5,4948 reais (-0,15%)

(Reuters) – O dólar acelerou para mais de 2% a queda ante o real na tarde desta terça-feira, num movimento de realização de lucros depois de subir 6% nas primeiras sessões do ano e amparado pela fraqueza da moeda no exterior também após um rali recente.

Às 15h05, o dólar à vista cedia 2,12%, a 5,3870 reais na venda, perto da mínima do dia, de 5,383 reais (-2,19%) e distante da máxima da sessão, de 5,4948 reais (-0,15%).

Na véspera, a cotação saltou 1,60%, a 5,5033 reais na venda, maior nível desde 5 de novembro (5,5455 reais). O dólar vem de ganho de 4,54% acumulado em quatro sessões consecutivas de alta. Em 2021 até a segunda, a divisa saltou 6,01%, valorização reduzida a 3,5% aos preços desta terça.

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O real liderava os ganhos entre as principais moedas e era seguido por outras divisas consideradas de risco, como rublo russo (+1,8%), rand sul-africano (+1,3%), peso mexicano (+1%) e peso colombiano (+0,9%).

A queda do dólar no Brasil ocorria no dia em que o IBGE divulgou que a inflação medida pelo IPCA teve em 2020 a maior taxa em quatro anos, ficando acima da meta de 4%.

Uma das discussões no mercado doméstico é se o Banco Central poderia ser forçado a antecipar a normalização da política monetária, cujo início está previsto atualmente para agosto.

O mercado tem avaliado que parte da pressão sobre o real desde o ano passado decorre do baixo nível de juros, com a Selic na mínima histórica de 2% deixando a moeda brasileira como opção barata para hedge ou mesmo como fonte de financiamento.

Em live nesta terça, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Bruno Serra, disse ser natural imaginar que o “estímulo extraordinário” que o Banco Central está concedendo à economia via política monetária será retirado de cena em algum momento. O diretor afirmou ainda que o patamar atual do dólar é reflexo da incerteza fiscal e da mudança nas regras de hedge anunciada durante a pandemia.

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Contra uma cesta de moedas de países desenvolvidos, o dólar cedia 0,2%, a 90,289.

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