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Dólar sobe ante real com exterior compensando Copom mais duro com inflação

Às 10:26, o dólar avançava 0,16%, a 5,0304 reais na venda, enquanto o principal contrato de dólar futuro ganhava 0,33%, a 5,034 reais

Dólar sobe ante real com exterior compensando Copom mais duro com inflação
Dólar (Foto: Pixabay)

(Reuters) – O dólar oscilava entre estabilidade e leve alta contra o real nesta terça-feira, com a recuperação da moeda norte-americana no exterior compensando a notícia de que o Comitê de Política Monetária (Copom) avaliou a possibilidade de acelerar a alta dos juros em sua reunião da semana passada.

Às 10:26, o dólar avançava 0,16%, a 5,0304 reais na venda, enquanto o principal contrato de dólar futuro ganhava 0,33%, a 5,034 reais.

Mais cedo, na máxima do pregão, o dólar à vista chegou a tocar 5,0460 reais na venda, alta de 0,47%.

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“Essa não foi uma queda isolada do real; o dólar está ganhando força ao redor do mundo”, disse à Reuters Thomas Gibertoni, analista da Portofino Multi Family Office.

O índice da divisa norte-americana contra uma cesta de rivais fortes subia aproximadamente 0,2% nesta segunda-feira, recuperando-se após registrar queda acentuada na véspera. Rand sul-africano e peso mexicano, duas divisas cujo movimento o real tende a acompanhar, registravam perdas expressivas.

Dominando o radar dos investidores internacionais, o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, participará de uma audiência ao Congresso norte-americano, e pode oferecer mais orientações sobre a recente mudança surpresa nas perspectivas de política monetária do banco central.

“De Powell, o mercado que tentar ouvir mais sinais do ‘início do fim’ do ciclo extremamente estimulativo em que nos encontramos”, disse em nota Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset. “(…) É nos discursos que os analistas decifram os sinais se o Fed está realmente disposto a alterar sua política.”

O dólar já ganhou bastante terreno contra as principais moedas desde que o Fed sinalizou na semana passada aumentos de juros mais cedo do que o esperado, uma vez que os custos dos empréstimos mais elevados nos Estados Unidos tendem a atrair capital para o país.

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No Brasil, a política monetária também estava em foco após a divulgação da ata da última reunião do Copom, que fornecia algum apoio ao real. O Comitê avaliou a possibilidade de acelerar a alta dos juros em sua reunião da semana passada em meio a uma inflação persistente, mas acabou concluindo que seria mais adequado manter o ritmo de aperto de 0,75 ponto percentual.