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Fitch retira rating da Evergrande por falta de informações

A empresa pretende reembolsar credores de títulos públicos em US$ 19 bilhões com parcelas em dinheiro e ações

Fitch retira rating da Evergrande por falta de informações
Fitch retira rating da Evergrande por falta de informações 26/09/2021 REUTERS/Aly Song

A Fitch anunciou nesta quinta-feira a decisão de retirar o rating da incorporadora China Evergrande e duas de suas subsidiárias, por escassez de informações para efetuar a classificação.

A agência de classificação de risco havia rebaixado em dezembro o rating da Evergrande e das subsidiárias Hengda Real Estate Group e Tianji Holding para “default restrito”, dizendo que as empresas não cumpriram suas obrigações de títulos offshore.

A Fitch disse em comunicado nesta quinta-feira que não teria mais informações suficientes para manter as classificações da Evergrande, a incorporadora mais endividada do mundo, com mais de 300 bilhões de dólares em débitos, e duas de suas subsidiárias.

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“Assim, a Fitch não fornecerá mais classificações ou cobertura analítica para Evergrande e suas subsidiárias”, afirmou.

A Evergrande, que tem lutado para pagar fornecedores e concluir projetos habitacionais, tornou-se um símbolo da crise do setor imobiliário da China, ao postergar os prazos de pagamento de dívidas offshore.

A empresa considera reembolsar os credores de títulos públicos offshore em cerca de 19 bilhões de dólares com parcelas em dinheiro e ações em duas de suas unidades listadas em Hong Kong, informou a Reuters no mês passado, enquanto a incorporadora luta para se recuperar.

A dívida offshore de 22,7 bilhões de dólares, incluindo empréstimos e títulos privados, é considerada inadimplente, já que a companhia não cumpriu suas obrigações de pagamento no final do ano passado. A empresa afirmou em março que apresentará uma proposta preliminar de reestruturação da dívida até o final de julho.

No final do ano passado, agências de classificação de risco incluindo a S&P rebaixaram a Evergrande para “default seletivo” após o não pagamento da dívida offshore.

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