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Goldman Sachs: Copom deve elevar Selic em 1,5 ponto

A empresa também analisa que o BC deve sinalizar um aumento de igual magnitude em fevereiro

Goldman Sachs: Copom deve elevar Selic em 1,5 ponto
Reunião do Comitê de Política Econômica (Copom) do Banco Central (BC) (Foto: Beto Nociti/BCB)

O Comitê de Política Monetária (Copom) deve elevar a taxa Selic em 1,5 ponto porcentual na próxima quarta-feira, para 9,25%, e sinalizar um aumento de igual magnitude em fevereiro, avalia o Goldman Sachs. Alternativamente, o Banco Central (BC) pode optar por apenas sinalizar novamente que pretende levar os juros a território “ainda mais contracionista.”

“Na nossa avaliação, uma resposta vigorosa e de curto prazo de política monetária é garantida não só por causa da deterioração das perspectivas de inflação para 2022 e o balanço de riscos geral ao seu redor, mas também por causa do efeito prejudicial da persistente volatilidade financeira ao investimento e crescimento, em meio a altos prêmios fiscais e de política monetária”, afirma o economista do Goldman Sachs Alberto Ramos, em relatório.

Pesam ainda na resposta do Copom o enfraquecimento do teto dos gastos e outros desenvolvimentos que sinalizam um aumento da taxa neutra de juros, observa o banco americano. Com isso, o Goldman Sachs espera que o colegiado reconheça a deterioração das expectativas e uma piora generalizada da perspectiva de inflação, incluindo para os núcleos e serviços.

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O banco americano espera que as projeções de inflação no cenário básico do Copom avancem a um nível entre 10% e 10,1% para 2021 e a 4,5% para 2022. Para 2023, os modelos do Goldman Sachs sugerem uma previsão próxima de 3,0% – abaixo do centro da meta, de 3,25% -, mas o banco reconhece que essa estimativa pode ficar mais alta, devido à elevação das projeções para o ano que vem.