(Reuters) – Governos, famílias e empresas da zona do euro ainda podem pedir empréstimos baratos, apesar do recente aumento nos rendimentos, mas o Banco Central Europeu (BCE) deve ser cauteloso ao remover seu apoio ao mercado da dívida, disse o vice-presidente do banco, Luis de Guindos, nesta quarta-feira (19).
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Com as infecções em queda e a economia da zona do euro reabrindo lentamente, investidores começaram a considerar uma redução no ritmo de compra de títulos do BCE, fazendo com que os custos dos empréstimos nos mercados financeiros subissem nas últimas semanas.
De Guindos afirmou que o nível atual de rendimentos dos títulos ainda é propício a condições de financiamento “favoráveis” – expressão do BCE para um nível de custos de empréstimos confortável ao banco.
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“O nível atual de rendimentos permite que as condições de financiamento dos governos, bem como… para famílias e empresas, sejam favoráveis”, disse de Guindos em entrevista coletiva.
Mas repetiu seu apelo para errar por excesso de cautela quando se trata de retirar o estímulo monetário.
“Tem de ser gradual, tem de ser muito prudente, tem de estar em paralelo com a evolução da recuperação da economia”, disse de Guindos.
“Minha opinião é que devemos errar para o lado da prudência. É muito melhor ser prudente do que ser um pouco agressivo demais em termos de eliminação gradual das medidas de apoio.”
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