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BioNTech, Moderna e J&J testam suas vacinas para combater a Ômicron

As farmacêuticas estão se preparando há meses para a possibilidade de precisar ajustar suas vacinas

BioNTech, Moderna e J&J testam suas vacinas para combater a Ômicron
A variante Ômicron causou preocupações em todo o mundo. Foto: REUTERS/Dado Ruvic/Illustration/File Photo
  • As ações da BioNTech subiram 5,6% nas negociações antes da abertura das bolsas dos EUA, na segunda-feira (29)
  • As ações da Moderna subiram mais de 10%. A J&J pouco mudou antes da abertura dos mercados dos EUA.
  • As vacinas da Pfizer e da BioNTech estão caminhando para serem o produto farmacêutico mais vendido de todos os tempos

(Naomi Kresge, WP Bloomberg) – BioNTech, Moderna e Johnson & Johnson estão trabalhando para adaptar suas vacinas contra a covid-19 para enfrentar a variante Ômicron com o parceiro alemão da Pfizer.

A BioNTech disse na segunda-feira (29) que iniciou o desenvolvimento para avançar o mais rápido possível. Os primeiros passos para desenvolver uma nova vacina se sobrepõem à pesquisa necessária para avaliar se a vacina será necessária – um processo que ela e a Moderna iniciaram na semana anterior, quando a notícia da nova variante começou a se espalhar pelo mundo.

As farmacêuticas estão se preparando há meses para a possibilidade de precisar ajustar suas vacinas para enfrentar uma nova variante. BioNTech, Pfizer e Moderna terão condições de se moverem a uma velocidade sem precedentes: ambas as vacinas usam tecnologia de RNA mensageiro, o que encurta o tempo de uma nova dose para apenas alguns meses.

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A vacina da J&J usa uma tecnologia diferente chamada vetor viral. A empresa diz que está testando componentes sanguíneos imunológicos de participantes em testes de reforço para procurar respostas ao Ômicron, e está buscando uma vacina que tenha como alvo específico essa variante que levará a estudos humanos, se necessário.

A variante ômicron causou preocupações em todo o mundo, com países implementando proibições de viagens para ganhar tempo, enquanto pesquisadores correm para estudar se essa variante resistirá às vacinas e se espalhará mais rapidamente. Entender a nova cepa provavelmente levará várias semanas, de acordo com cientistas.

As cotações americanas da BioNTech na segunda-feira (29) subiram 5,6% nas negociações antes da abertura das bolsas dos EUA.

BioNTech e Moderna disseram que dentro de semanas deveria ficar claro se elas precisariam ajustar suas vacinas. A Pfizer e sua parceria estabeleceram planos há meses para poder enviar uma nova versão de sua vacina em 100 dias, se necessário, de acordo com um porta-voz.

As ações da Moderna subiram mais de 10%. A J&J pouco mudou antes da abertura dos mercados dos EUA.

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É um procedimento padrão começar a desenvolver uma vacina atualizada em paralelo com a execução de testes de como a nova cepa reage com a injeção existente “para não perder tempo”, disse a BioNTech. “Os testes de laboratório fornecerão mais informações sobre a necessidade ou não de adaptação da vacina”.

As pessoas vacinadas ainda deveriam ser protegidas, dependendo da data em que foram vacinadas e, por enquanto, o melhor conselho é tomar uma das atuais vacinas para o Covid-19, disse o diretor médico da Moderna, Paul Burton, no programa de domingo, na BBC, o “O Andrew Marr Show”.

As vacinas da Pfizer e da BioNTech estão caminhando para serem o produto farmacêutico mais vendido de todos os tempos. Outro fabricante de vacinas, a AstraZeneca, disse na sexta-feira (26), que eles também estão investigando essa variante.

Tradução: Anna Maria Dalle Luche

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