O Damus, rede social criada a partir do software de blockchain do Bitcoin (BTC), anunciou nesta terça-feira (13) que a Apple (AAPL34) vai retirar o aplicativo de circulação da App Store a partir do dia 27 de junho.
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De acordo com a própria equipe do aplicativo, a notificação que receberam da gigante de tecnologia foi justificada por conta de violação das diretrizes da App Store ao utilizar os zaps, função usada para doação de Bitcoin dentro da plataforma, que poderiam estar ajudando criadores de conteúdo a venderem seus produtos. Assim, os usuários do software Nostr perderão acesso à ferramenta, que apresenta interface mais simples do que o programa em si.
Diretrizes da Apple são rigorosas
A empresa não permite que os aplicativos em sua loja disponibilizem funções para monetização ou pagamento, além das estabelecidas diretamente no app. No caso do Damus, a finalidade de gorjetas (zaps) permite que os usuários enviem bitcoins para outras pessoas como forma de pagamento e isso acontece quando o usuário gosta de alguma publicação e decide remunerar seu autor.
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Contudo, essa funcionalidade utiliza a Lightning Network – rede de pagamentos criptografada – para efetuar pagamentos, assim, os usuários não precisam do app ou de uma carteira para receber os ativos. Essa prática fez com que a Apple banisse o aplicativo, pois a empresa alega que os criadores de conteúdo podem vender conteúdo digital.
A equipe da Damus afirmou não concordar com a decisão da Apple, mas também não comunicou que pretende recorrer. Eles afirmaram que o app não vende conteúdos digitais e é apenas uma rede social – semelhante ao Twitter.
Ainda assim, não é a primeira vez que a Apple tem problemas com criptomoedas. Na última década, foram vários casos nos quais a empresa da maçã baniu carteiras de cripto de sua loja de aplicativos, como aconteceu, por exemplo, com a Blockchain.info.
Todavia, a companhia vem mudando de opinião sobre o setor. O CEO da empresa, Tim Cook, chegou a divulgar em uma conferência promovida pelo New York Times, em 2021, que possui criptomoedas em seu portfólio, apesar de acreditar que a Apple possui baixas probabilidades de comprar BTCs.
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