As ações do Bradesco (BBDC4) fecharam esta quinta-feira (8) em alta de 15,64%, aos R$ 15,08, no melhor pregão para o banco desde março de 2020. Com a disparada, a instituição financeira ganhou R$ 19,5 bilhões em valor de mercado, passando de R$ 131 bilhões para R$ 150 bilhões. Os dados foram levantados por Einar Rivero, sócio-fundador da Elos Ayta.
Toda essa euforia ocorre em função de números melhores do que o esperado para o 1º trimestre de 2025. No período, o banco reportou um lucro líquido recorrente de de R$ 5,9 bilhões, alta de 39,3% em comparação ao mesmo período de 2024. O resultado operacional também subiu 51,5% em 12 meses, para R$ 7,5 bilhões, enquanto a margem financeira líquida saltou 30,6%.
Vitor Agnello, analista educacional da CM Capital, afirma que o banco fez o “dever de casa” e conseguiu reverter a tendência negativa dos últimos meses – com a alta dos juros e da inadimplência, os resultados das operações de crédito do Bradesco para pessoas físicas estavam sendo impactadas e puxavam os números para baixo. Agora, o banco rebalanceou a carteira, apostando em linhas de crédito com garantias, e virou o jogo.
A Genial Investimentos pontuou que a rentabilidade do Bradesco já supera as projeções e manteve a recomendação de compra para BBDC4, com preço-alvo de R$ 16,70, alta de 10% em relação ao patamar atual. “O desempenho acima das expectativas reforça a tendência de melhora gradual dos resultados e, na nossa visão, abre espaço para revisões positivas nas projeções de lucro ao longo dos próximos trimestres”, afirma a casa, em relatório publicado nesta manhã.
O Ibovespa, principal índice de ações da B3, também terminou o dia em alta. A valorização foi de 2,1%, aos 136,2 mil pontos.