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Dólar hoje: moeda reage com foco em sinais do Fed e no CPI do Reino

Os investidores estão atentos a declarações do Fed

Dólar hoje: moeda reage com foco em sinais do Fed e no CPI do Reino
Nota de dólar. Foto: Envato Elements

O dólar recuou hoje frente a algumas moedas principais, como o euro e a libra, com investidores atentos a declarações do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), inclusive de seu presidente, Jerome Powell. Além disso, a moeda britânica esteve apoiada depois de um dado de inflação que superou a expectativa no Reino Unido, o que reforçou a chance de mais aperto monetário pelo Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), que decide juros amanhã.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 141,83 ienes, o euro avançava a US$ 1,0987 e a libra tinha alta a US$ 1,2776.

Logo cedo, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do Reino Unido subiu 8,7% em maio, na comparação anual, acima da previsão de alta de 8,4% dos analistas ouvidos pela FactSet. Após o dado, a libra tocou máximas no dia, com alguns analistas ponderando que o BoE poderia inclusive elevar os juros não apenas em 25 pontos-base amanhã, mas talvez em 50 pontos-base.

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Já na zona do euro, alguns dirigentes defendiam um aperto “persistente”, para conter a inflação elevada. Segundo um dirigente, Peter Kazimir, o BCE poderá pausar o ciclo de altas nos juros quando houve certeza de que o núcleo do CPI está sob controle.

Em Washington, Powell trouxe pouca novidade em seu discurso preparado, mas lembrou que quase todos os dirigentes esperam mais altas de juros neste ano, para conter a inflação. Durante audiência em comitê da Câmara dos Representantes, o presidente do Fed reforçou que o retorno da inflação à meta de 2% deve ser um processo “longo”. Powell também comentou que, caso o BC americano decida pela criação de uma moeda digital de banco central (CBDC, na sigla em inglês), os bancos privados farão a intermediação do instrumento, não o próprio Fed.

Entre outros dirigentes, o diretor Philip Jefferson disse que monitora o aperto nas condições de crédito e os riscos ao mercado imobiliário americano. Já o presidente da distrital de Chicago, Austan Goolsbee, disse que ainda não decidiu como votará na próxima reunião, em julho, e Raphael Bostic, da distrital de Atlanta, defendeu pausa no aperto para avaliar melhor seus efeitos na economia. A postura de Bostic, mesmo que ele não vote nas decisões deste ano, contribuiu para pressionar o dólar à tarde.

Ao analisar as declarações de Powell, o Rabobank considera que o presidente do Fed deseja um ritmo “moderado” no aperto, o que poderia levar a apenas mais uma alta nos juros. A Oxford Economics, por sua vez, vê risco de retomada do ciclo de aperto, mas acrescenta que os próximos indicadores sobre o mercado de trabalho e a inflação devem determinar o rumo da política. A Oxford diz acreditar que o Fed manterá juros até o fim deste ano, contudo adverte que há risco de mais altas.

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Entre outras moedas em foco, o dólar caía a 249,3009 pesos argentinos, no horário citado. A imprensa local reportava que Buenos Aires estaria perto de pagar US$ 1,9 bilhão ao Fundo Monetário Internacional (FMI), enquanto aguarda novos adiantamentos do Fundo e renegocia os termos do pacote de ajuda em andamento.

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