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Eneva (enev3) adquire térmica Celse por R$6,1 bi e ações saltam

Com as dívidas a serem assumidas pela Eneva, o valor da operação alcança R$ 10,2 bilhões

Eneva (enev3) adquire térmica Celse por R$6,1 bi e ações saltam
Linhas de transmissão de energia perto de Brasília 29/08/2018 REUTERS/Ueslei Marcelino

A Eneva anunciou na noite da última terça-feira um acordo para aquisição da Celse, uma das maiores usinas termelétricas a gás em operação na América Latina, por 6,1 bilhões de reais, em uma transação que amplia seu portfólio de ativos de geração e a posiciona para criar um “hub” de gás na costa brasileira.

O negócio anunciado prevê a compra, pela Eneva, de 100% das ações da controladora do empreendimento termelétrico, a Centrais Elétricas de Sergipe Participações (Celsepar), que hoje é de propriedade da norte-americana New Fortress Energy e da Ebrasil Energia.

Localizada em Barra dos Coqueiros, no litoral de Sergipe, a Celse tem 1,59 gigawatt (GW) de capacidade instalada, equivalente a 15% da demanda de energia da região Nordeste.

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O empreendimento tem sua energia totalmente contratada no mercado regulado, com contratos válidos até dezembro de 2044, fazendo jus a uma receita fixa anual de 1,9 bilhão de reais, indexada ao IPCA e acrescida de receita variável equivalente a 406,2 reais por megawatt-hora (MWh).

A usina é movida a gás natural liquefeito (GNL) importado e suprida através de uma Unidade Flutuante de Armazenamento e Regaseificação (FSRU), que permanecerá afretada à Celse até 2044, com capacidade de até 21 milhões de metros cúbicos por dia –dos quais 6 milhões estão dedicados à térmica–, segundo a Eneva.

Hoje, a companhia já opera projetos de produção de gás onshore associados à geração de energia elétrica, no modelo “reservoir-to-wire”, além de usinas a carvão. Recentemente, concluiu a compra de uma geradora e comercializadora de energias renováveis, acrescentando a fonte solar ao portfólio.

A Eneva destacou ainda que o novo ativo garante acesso a gás importado e infraestrutura com capacidade disponível que “permite a gestão de flexibilidade de suprimento com confiabilidade”, contribuindo para sua expansão do segmento de comercialização de gás.

Segundo o comunicado da companhia, o acordo envolve ainda a compra de um pipeline adicional de 3,2 GW de projetos de expansão da usina.

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No pregão desta quarta-feira (1), as ações da empresa reagiam em alta de 1,93%, cotadas a R$ 15,88.

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