(Estadão Conteúdo) – O contrato mais líquido do ouro fechou em baixa hoje, apesar dos sinais de cautela no mercado, que tendem a impulsionar o metal. No entanto, há a percepção de que a venda generalizada durante a sessão também afetou o ouro. Por sua vez, no atual cenário, a perspectiva é de que a commodity volte a se valorizar em um futuro próximo. A alta do dólar ante os pares durante a sessão pressionou o metal, uma vez que, cotado na moeda americana, ele se torna mais caro para detentores de outras divisas.
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange, o ouro com entrega prevista para agosto encerrou a sessão com queda de 0,32%, a US$ 1.809,20 a onça-troy.
Com os juros dos Treasuries em queda hoje, seguindo o cenário de cautela do mercado, Edward Moya, analista da OANDA, aponta que normalmente, o movimento “é uma ótima notícia para o ouro”, mas que “uma ampla venda em Wall Street fez com que alguns investidores lutassem por dinheiro”. Ou seja, houve venda de contratos de ouro para compensar perdas em outros mercados.
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No entanto, se a onda de vendas se acelerar em Wall Street, “o ouro acabará atraindo fluxos de portos seguros”, avalia Moya. O argumento de alta para o ouro inclui o aumento dos déficits dos Estados Unidos, uma intensificação do debate sobre a inflação e a incerteza econômica para muitos países em desenvolvimento, segundo o analista.
O ouro tem forte resistência no nível de US$ 1.835 a onça-troy, mas se isso puder ser rompido no início desta semana, a compra técnica poderia facilmente apoiar uma alta para US$ 1.850 e potencialmente o nível de US$1.880, projeta Moya.