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Após compras de ativos da Petrobras (PETR3;PETR4), Fitch projeta crescimento de petroleiras

O relatório analisou as empresas Prio (PRIO3), 3R Petroleum (RRRP3), Enauta (ENAT3) e PetroRecôncavo (RECV3)

Após compras de ativos da Petrobras (PETR3;PETR4), Fitch projeta crescimento de petroleiras
Polo Macau, da 3R Petroleum. Foto: 3R Petroleum

Em relatório divulgado na última quarta-feira (26), pela Fitch Ratings, os dados apresentam que empresas independentes de petróleo e gás com operação exclusiva no Brasil devem ter um crescimento de produção de cerca de 10% ao ano até 2027. O documento ainda ressalta que as produtoras privadas apresentaram os resultados que eram esperados após as compras de ativos da Petrobras.

Os responsáveis pelo documento, Lucas Rios e Adriana Eraso, ainda analisaram quatro empresas do setor que têm operações exclusivas em território nacional. Entre elas: Prio (PRIO3), 3R Petroleum (RRRP3), Enauta (ENAT3) e PetroRecôncavo (RECV3). Essas empresas possuem em comum o mesmo campo de atuação, já que as quatro trabalham com a revitalização de campos maduros comprados da estatal. Juntas, elas são quase 40% da produção independente de petróleo e gás no país. Só a Petrobras representa cerca de 90% do total e tem mais de 70% de capacidade de refino do Brasil.

Conforme o relatório da Fitch, a Prio só deverá ter destaque a partir de 2026 e se sobressairá em 2030. O documento ainda afirma que a Enauta deve ter um salto na produção a partir do ano de 2025, somente com a conclusão do sistema definitivo do campo de Atlanta, que fica localizado na Bacia de Santos. Já a 3R também deve ter um bom desenvolvimento na produção em 2025, usufruindo do polo Potiguar, que foi comprado em junho.

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Com uma produção média de 30.000 barris de óleo por dia em 2024, a PetroRecôncavo deve aumentar esse número para 5.000 barris por dia, caso consiga avançar no polo Bahia Terra, com a parceria firmada com a Eneva.

Em um trecho do documento, a Fitch explica: “A diversificação de ativos é especialmente relevante para o perfil de crédito dessas empresas, considerando os elevados riscos operacionais do setor. A produção da Prio está totalmente concentrada na Bacia de Campos, o que implica elevada exposição a risco de interrupções, embora também resulte em elevada eficiência operacional”.

O relatório ainda afirma que as quatro empresas precisam ganhar novas escalas nos próximos anos, para assim, investir na diversificação de ativos e manter margens de lucros ativas, afinal, o petróleo tem marcado uma queda de preço.

Outro ponto que o relatório trouxe foi que as quatro empresas possuem reservas, sendo a de maior vida útil as da 3R. Com os próximos anos, será possível observar que as 4 empresas possuem reservas robustas, sendo que as da 3R possuem a maior vida útil.

Nos próximos anos, alguns acordos entre as empresas Prio, da 3R e da PetroRecôncavo irão cessar, mas segundo a Fitch, esses contratos deverão ser renovados.

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Veja ações das quatro empresas

Nesta quinta-feira (27), as ações da Prio (PRIO3) operam em baixa de 0,35%. Até às 15h20, os papéis eram negociados a R$ 45,43. As ações da 3R (RRRP3) também operam em baixa, até o mesmo horário, os ativos estavam cotados a R$ 35,48 com queda de 1,53%.

Em relação as ações da Enauta (ENAT3), a queda é maior. Até o mesmo período as ações estavam com baixa de 3,78%, operadas a R$ 13,76. No caso da PetroRecôncavo (RECV3), os papéis estavam com alta de 0,78% negociados a R$ 23,23.

Colaborou: Tamyres Sbrile.