A própria Febraban será responsável por supervisionar. Imagem: Adobe Stock.
Em parceria com o Banco Central e com apoio do Poder Público, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) lançou um conjunto de regras de autorregulação que muda a forma que as instituições lidam com contas bancárias suspeitas. A determinação é bastante clara: contas associadas a atividades ilícitas devem ser encerradas imediatamente.
A medida busca blindar o sistema financeiro contra o uso indevido por organizações criminosas e elevar o padrão de segurança para clientes e bancos.
Quem será afetado pelas novas regras
Segundo a Febraban, as diretrizes irão focar em três grupos específicos de contas consideradas de alto risco.
As chamadas “contas laranja”, abertas em nome de terceiros para esconder a origem do dinheiro, estão entre os principais alvos. Também entram na lista as “contas frias”, criadas com dados falsos ou mantidas inativas para viabilizar golpes digitais.
Outro foco são as contas de plataformas de apostas online que operam sem autorização da Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA) do Ministério da Fazenda, segmento que vem crescendo de forma irregular no país.
Fiscalização reforçada
Desde 27 de outubro, alguns bancos estão precisando intensificar o monitoramento de suas carteiras de clientes. O novo modelo exige filtros mais sofisticados para detectar movimentações incomuns e barrar transações suspeitas.
Assim, no momento em que uma conta for classificada como irregular, o encerramento deve ocorrer de imediato, com aviso ao titular.
Integração com o Banco Central e troca de informações
Um dos pilares da mudança é o compartilhamento de dados com o Banco Central e outras instituições bancárias. Assim, toda conta que for encerrada por suspeita de fraude irá precisar ser reportada, criando um registro nacional.
Essa comunicação evita que o mesmo usuário volte a abrir contas bancárias em outros bancos, dificultando a reincidência de crimes e fortalecendo o controle sobre o sistema financeiro brasileiro.