O uso maior de térmicas é necessário por causa da falta de chuvas nos reservatórios. Imagem: Adobe Stock.
Setembro chega e, com ele, a notícia de que a tarifa de energia seguirá com acréscimo. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu manter a bandeira vermelha – patamar 2, o que significa que os consumidores continuam pagando R$ 7,87 extras a cada 100 kWh consumidos, valor que se soma à conta de luz de milhões de brasileiros em um momento de pressão no sistema elétrico nacional.
A explicação está na escassez de chuvas, que afeta diretamente os níveis dos reservatórios das hidrelétricas.
Como essas usinas produzem a maior parte da energia no país, quando a oferta hídrica cai, é preciso acionar as termelétricas, que operam com custo mais alto.
Essa diferença no custo de geração é justamente o que ativa as bandeiras tarifárias e torna a conta mais pesada para o consumidor.
Como funcionam as bandeiras tarifárias?
O sistema de bandeiras foi criado para deixar claro ao consumidor quanto custa gerar energia em determinado período. A bandeira verde indica que não há cobrança extra, já as bandeiras amarela e vermelha apontam momentos em que os custos sobem, exigindo um acréscimo proporcional na fatura.
A vermelha – patamar 2, usada agora, é a mais cara entre elas.
Com a bandeira vermelha em vigor, quem consome mais sentirá mais no fim do mês. Por isso, a Aneel recomenda medidas simples de economia, como desligar aparelhos da tomada, preferir luz natural durante o dia, usar ventilador no lugar do ar-condicionado e evitar banhos muito longos com chuveiro elétrico, especialmente nos horários de pico.
Como aliviar os efeitos na conta?
Economizar energia se torna ainda mais essencial nesse cenário, não apenas para reduzir o valor a pagar, mas também para ajudar a equilibrar o uso do sistema elétrico. O consumo consciente, mesmo que em pequenas atitudes do dia a dia, faz diferença tanto para o orçamento familiar quanto para o fornecimento de energia no país.