

O debate sobre a possível taxação de dividendos voltou a movimentar o mercado financeiro e gerou reações entre os investidores mais experientes.
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O debate sobre a possível taxação de dividendos voltou a movimentar o mercado financeiro e gerou reações entre os investidores mais experientes.
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Um dos nomes que se posicionou foi Luiz Barsi, considerado o maior investidor pessoa física da Bolsa brasileira. Com uma trajetória sólida construída ao longo de décadas, ele defende a importância de investir diretamente em ações de empresas geradoras de valor e alerta para os riscos de políticas que possam desestimular esse tipo de estratégia.
Barsi acredita que a proposta de tributar os dividendos pode afetar negativamente os investidores que buscam construir renda passiva, diz o E-Investidor. Para ele, essa medida reduziria os ganhos de quem aposta em empresas que distribuem lucros.
Apesar disso, o megainvestidor considera improvável que a proposta avance, pois a Constituição impede a bitributação. E mesmo que a mudança seja implementada, ele afirma que o impacto final pode ser limitado, especialmente para quem mantém uma estratégia sólida.
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Com base em sua própria vivência, Barsi recomenda que os investidores evitem fundos, sejam eles imobiliários, multimercados ou de previdência.
Ele compartilhou que teve experiências ruins com fundos de previdência no passado, principalmente durante a década de 1970, quando viu vários deles quebrarem. Desde então, defende que o melhor caminho é investir de forma direta em ações de empresas.
“Fundo imobiliário não é para investir! Aportei R$ 500 mil, quando fui resgatar o dinheiro estava em um pouco mais de R$ 400 mil. Então, esse é um investimento que você nunca consegue vender acima ou no mesmo patamar em que comprou. Por isso, não vale a pena”, argumenta Barsi.
Para quem deseja ter bons resultados no longo prazo, Barsi destaca a importância de saber identificar empresas de qualidade.
Ele alerta que nem toda ação com preço baixo representa uma boa oportunidade. Segundo ele: “O histórico mostra se a empresa tende a ter um voo de galinha. O setor mostra quais são as empresas capazes de gerar bons proventos. O investidor também deve olhar qual é o foco da empresa…”, diz.
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Portanto, se torna fundamental distinguir entre uma empresa descontada e outra com fundamentos comprometidos.
Um dos hábitos que contribuíram para o sucesso de Barsi foi a constância nos aportes. Durante muitos anos, ele comprava mil ações por mês. Mesmo reconhecendo que, naquela época, seu poder de compra era maior, ele acredita que a disciplina e o foco continuam sendo decisivos para quem busca independência financeira.
Apesar das incertezas no cenário econômico e fiscal, Barsi segue defendendo uma filosofia de investimentos baseada no longo prazo e na geração de valor.
Para ele, quem investe com consciência, escolhe boas empresas e mantém regularidade nos aportes pode alcançar resultados consistentes, para ele: “Mesmo que o investidor não consiga comprar 1 mil por mês, o importante é comprar. Os pequenos aportes hoje fazem uma grande diferença no longo prazo.”
Portanto, mesmo diante de possíveis taxações de dividendos, ainda é possível se proteger desses impactos com uma estratégia sólida, baseada na disciplina, na análise criteriosa de empresas e na visão de longo prazo.
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Contribuiu: Giovana Sedano.
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