3 erros de finanças cometidos por celebridades no fim da vida; descubra como se proteger
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Muita gente acredita que apenas pessoas comuns enfrentam dificuldades com as finanças no fim da vida por falta de planejamento, mas até celebridades conhecidas do mundo da música, do esporte e do cinema já deixaram seus entes queridos em situações complicadas por não organizarem adequadamente seu patrimônio.
Conforme o CNBC, confira três casos e entenda como evitar esses mesmos erros, mesmo que sua realidade financeira esteja longe dos milhões de dólares.
1. Falta de testamento: o caso de Aaron Carter
O artista Aaron Carter faleceu de maneira repentina em 2022 e não havia deixado um testamento registrado. Com isso, a responsabilidade pela gestão de seu patrimônio acabou sendo assumida pela Justiça.
Aaron deixou um filho pequeno, Prince, com apenas 11 meses na época, e estava noivo. Mas por não ter documentos oficiais organizando seu patrimônio, o tribunal precisou decidir quem ficaria responsável pelos bens.
“Como, Aaron Carter, não tinha um testamento ou um fundo fiduciário, o tribunal teve que nomear um fiduciário para administrar o patrimônio”, diz Zach Wiegand, advogado da Gold Leaf Estate Planning em Burnsville, Minnesota. “Essa pode não ter sido a pessoa que ele queria para cuidar do dinheiro do filho.”
O que você pode aprender com isso?
Mesmo quem tem poucos bens deve fazer um testamento. Se você tem filhos, propriedades ou quer deixar algo para alguém específico (como um parceiro com quem não é legalmente casado), o testamento evita dores de cabeça para sua família.
Além disso, criar um fundo fiduciário com ajuda de um advogado pode evitar que seus bens passem por longos processos legais após sua morte.
2. Planejamento desatualizado: o caso de Kobe Bryant
Kobe Bryant, lenda do basquete, morreu em 2020 pouco tempo após o nascimento de sua filha Capri. Por não ter atualizado seus documentos de planejamento, a filha não foi inicialmente incluída como herdeira.
Sua esposa, Vanessa, precisou recorrer à Justiça da Califórnia para garantir que Capri tivesse direito à parte da herança.
“Você precisa garantir que, à medida que as crianças nascem, elas sejam rapidamente incluídas nos seus documentos”, disse Walny.
Kobe Bryant. Foto: Adobe Stock
O que você pode aprender com isso?
Planejamento patrimonial não é algo que se faz uma vez eesquece, reveja seus documentos sempre que houver mudanças na família.
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Mudanças como nascimento de filhos, casamentos ou divórcios exigem que você atualize seus registros, testamentos e beneficiários de seguros ou aposentadorias.
3. Herança comprometida por impostos: o caso de James Gandolfini
James Gandolfini, o ator que brilhou na série “Família Soprano”, morreu em 2013, deixando um patrimônio estimado em US$ 70 milhões, cerca de R$ 393 milhões. Ele até tinha um testamento, mas não fez uso de estratégias para reduzir os impostos sobre a herança.
O resultado? Cerca de US$ 30 milhões foram destinados ao pagamento de tributos federais e estaduais.
“Precisamos nos planejar para os impostos”, disse Walny, “porque, em última análise, são os beneficiários de um espólio os responsáveis por pagá-los após a sua morte.”
O que você pode aprender com isso?
No Brasil, quem não adota estratégias para reduzir os impostos sobre herança pode acabar perdendo uma parte significativa do patrimônio. A legislação brasileira prevê a cobrança do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD), cuja alíquota varia conforme o estado e pode representar uma fatia relevante dos bens deixados.
Sem planejamento sucessório adequado, os herdeiros podem enfrentar custos elevados e burocracias para quitar tributos. Por isso, organizar antecipadamente a sucessão patrimonial é essencial para preservar o patrimônio da família e evitar surpresas financeiras.
Ter um plano sucessório não é um privilégio exclusivo de ricos ou famosos. Cuidar das suas finanças, organizar os bens, revisar beneficiários e fazer um testamento são decisões simples que evitam conflitos familiares, tributos inesperados e garantem que sua vontade seja respeitada. Mesmo com patrimônio modesto, famílias enfrentam problemas legais quando a herança é mal planejada.