Antes da mudança, os bancos eram obrigados a aplicar apenas 65% dos depósitos em poupança. Imagem: Adobe Stock.
O Governo Federal lançou um novo modelo de crédito imobiliário que promete transformar o acesso à casa própria no Brasil. A iniciativa, anunciada em São Paulo, traz mudanças significativas nas regras de financiamento habitacional, com foco na ampliação do crédito e no estímulo à construção civil.
A proposta moderniza o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), buscando maior eficiência na utilização dos recursos da poupança e ampliando o acesso principalmente à classe média.
Como medida facilita a compra da casa própria?
Antes da mudança, os bancos eram obrigados a aplicar apenas 65% dos depósitos em poupança no crédito habitacional, conforme nota da Casa Civil. Agora, essa exigência será gradualmente ampliada até alcançar 100%. Isso significa que todo o dinheiro aplicado pelos brasileiros na poupança poderá ser usado para financiar imóveis, tornando o sistema mais dinâmico.
Entrada mais acessível para o comprador
Segundo a Agência Brasil, uma das principais novidades do novo modelo é a redução do valor de entrada exigido para financiamento. A cota máxima de financiamento foi elevada de 70% para 80% do valor do imóvel.
Em termos práticos, um imóvel de R$ 500 mil exigia, anteriormente, uma entrada de R$ 150 mil. Com a nova regra, esse valor cai para R$ 100 mil, facilitando o acesso à casa própria, especialmente para quem não possui uma grande reserva financeira.
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Novo teto do SFH favorece a classe média
Segundo a Agência Brasil, o novo modelo também ajusta os limites do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), aumentando o valor máximo de imóveis financiáveis de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões.
Essa mudança atende, principalmente, famílias com renda mensal acima de R$ 12 mil, que antes tinham dificuldades para acessar financiamentos com taxas mais atrativas. Agora, essa faixa da população poderá contratar crédito com condições mais vantajosas.
Estímulo à economia e à construção civil
Com mais crédito imobiliário disponível, espera-se uma reação positiva no setor da construção civil, que poderá expandir os investimentos. O aumento da demanda por imóveis deve gerar empregos, movimentar cadeias produtivas e impulsionar o crescimento econômico.