

Ainda que iniciativas como festas corporativas ou pacotes generosos de férias sejam bem-vindas, elas não figuram entre os principais motivos que fazem alguém se sentir valorizado no ambiente de trabalho e ser um líder.
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Ainda que iniciativas como festas corporativas ou pacotes generosos de férias sejam bem-vindas, elas não figuram entre os principais motivos que fazem alguém se sentir valorizado no ambiente de trabalho e ser um líder.
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Segundo a CNBC, o fator que mais impacta positivamente o desempenho de uma equipe pode parecer simples, mas é profundamente eficaz: um líder que sabe puxar conversa.
De acordo com o pesquisador Zach Mercurio, especialista em liderança e ambientes profissionais, não se trata de conversas superficiais para quebrar o gelo, mas de interações autênticas, que geram conexões reais.
Mercurio conduziu um estudo ao longo de cinco anos com profissionais de diversas áreas. O objetivo era entender em que momentos eles mais se sentiam importantes no trabalho.
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As respostas foram quase unânimes: ninguém mencionou aumento de salário, promoções ou prêmios. Os relatos mais marcantes envolviam simples trocas em que alguém os escutava de verdade, demonstrava interesse e os fazia se sentir necessários.
Exemplos práticos dessa abordagem incluem perguntas como: “Está tudo bem por aí essa semana? Posso ajudar com algo?” ou “Ouvi dizer que seu filho se formou, parabéns! Como foi a comemoração?”
São essas pequenas frases que constroem confiança e fortalecem os laços dentro de uma equipe.
Com o avanço do trabalho remoto, muitas interações se tornaram frias e burocráticas. Mensagens no Slack ou e-mails substituíram conversas presenciais, o que pode agravar a sensação de isolamento, especialmente entre profissionais em cargos menos valorizados, como operadores de transporte, faxineiros e entregadores.
“Temos usado a tecnologia para organizar o trabalho, mas deixamos de lado o aspecto humano das relações”, observa Mercurio. “Perguntar como está a saúde dos pais de alguém não pode ser feito por e-mail.”
Para fugir da superficialidade, o especialista recomenda fazer perguntas abertas e curiosas. Em vez de “Como foi seu fim de semana?”, tente: “O que foi mais interessante para você na reunião da equipe?” ou “Tem algo no que eu possa ajudar esta semana?”
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Já quem estiver do outro lado da conversa pode contribuir com respostas mais completas. Se perguntarem de onde você é, vá além de “São Paulo”. Diga, por exemplo, “Sou de Campinas, cresci perto de uma fazenda e adorava andar de bicicleta por lá”.
Para líderes, a dica é clara: aproveite cada pequeno momento para demonstrar interesse genuíno pela equipe. Mercurio recomenda até mesmo anotar as interações da semana, refletindo sobre quanto tempo foi dedicado as tarefas e quanto foi destinado às pessoas.
No fim das contas, liderar bem não exige fórmulas mágicas, mas sim a habilidade, muitas vezes subestimada, de fazer boas conversas. E é justamente essa capacidade que pode transformar você em um líder melhor do que a maioria.
Colaborou: Victória Gabriella.
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