Com a tendência de valorização do dólar em relação ao real, especialistas do mercado financeiro recomendam aos investidores que busquem alternativas além da compra direta da moeda americana para se proteger da desvalorização cambial e aproveitar a oportunidade de lucro
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Nesta reportagem, mostramos que os analistas aconselham os investidores a optarem por investimentos em dólar ao invés da compra da própria moeda, a recomendação é feita devido às taxas mais altas associadas à aquisição do dólar em espécie.
De acordo com Paloma Lopes, economista da Valor Investimentos, a compra de produtos de investimento em dólar através de uma conta internacional em corretoras brasileiras, é preferível à aquisição física de dólares. Isso porque essa estratégia elimina as taxas adicionais cobradas na compra da moeda em espécie e limita a exposição do investidor às oscilações do mercado brasileiro, concentrando-se apenas nas variações do mercado norte-americano.
Contratos futuros: como funcionam?
Para quem busca investir em dólar sem comprar a moeda física, os contratos futuros de dólar na B3, a Bolsa de Valores brasileira, oferecem uma opção interessante. No entanto, essa modalidade exige conhecimento e experiência do investidor, pois envolve operações complexas e voláteis. Existem duas categorias principais para este tipo de investimento: os contratos cheios de dólar (DOL) e os minicontratos de dólar (WDO).
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“Os contratos cheios são para quem deseja movimentar grandes quantias, pois eles correspondem a uma movimentação de US$ 50 mil por unidade. O mini contrato é indicado para quem vai operar valores menores, pois cada minicontrato vale US$ 10 mil”, afirma Lopes. Ela acrescenta que o contrato de US$ 10 mil não tem mínimo para operar, enquanto o de US$ 50 mil exige um mínimo de cinco contratos, equivalente a US$ 250 mil.
Devido ao alto custo, os especialistas ouvidos pelo E-Investidor afirmam que este tipo de investimento é mais adequado para aqueles que possuem maior capacidade financeira. Isso se deve ao fato de que, para adquirir um contrato, é necessário um investimento mínimo de R$ 50 mil, tornando-se inviável para investidores com patrimônio mais modesto.
João Piccioni, gestor de fundos da Empiricus Gestão, alerta que o dólar futuro não é adequado para investidores inexperientes, pois exigem acompanhamento diário e conhecimento aprofundado do mercado. “O contrato futuro prevê fluxos diários de entrada e saída de recursos e, portanto, deve ser monitorado de forma recorrente. É um produto voltado para investidores mais experientes ou que desejem fazer alguma operação de proteção de carteira”, explica Piccioni.
Colaborou: Gabrielly Bento.
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