No cenário internacional, os Estados Unidos continuam como o país com mais milionários. Imagem: Adobe Stock.
Um novo levantamento global revelou que o Brasil lidera a América Latina no número de pessoas com fortunas em dólar. O relatório, divulgado por uma instituição financeira internacional, aponta que o país tem a maior população milionária da região, ao mesmo tempo em que enfrenta grandes desafios relacionados à desigualdade social.
De acordo com os dados divulgados pela UBS, o Brasil conta com cerca de 433 mil pessoas com patrimônio superior a US$ 1 milhão, sendo o primeiro país latino-americano da lista.
O México aparece logo atrás, com aproximadamente 399 mil milionários. No cenário global, o Brasil ficou na 19ª colocação entre 56 países analisados.
Qual país lidera o ranking global?
No cenário internacional, os Estados Unidos continuam como o país com mais milionários no mundo, somando cerca de 23,8 milhões de pessoas com esse perfil.
A China Continental surge em segundo lugar, com mais de 6 milhões, seguida por França, Japão e Alemanha, que completam os cinco primeiros colocados. Esses países são potências econômicas consolidadas e apresentam forte acúmulo de capital.
Desigualdade extrema no Brasil
Apesar da quantidade expressiva de pessoas com alto patrimônio, o Brasil também figura entre os países mais desiguais do mundo, com uma pontuação de 0,82 de desigualdade, em índice de 0 a 1.
O relatório mostra que a distribuição de riqueza é extremamente concentrada, colocando o país ao lado da Rússia em termos de disparidade econômica. Isso revela que, embora haja crescimento de riqueza, ela está longe de alcançar a maioria da população.
Além de Brasil e Rússia, a lista dos países com maior desequilíbrio social inclui África do Sul, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. Em todos eles, a presença de grandes fortunas contrasta com a realidade de milhões de cidadãos em situação de vulnerabilidade.
O aumento do número de milionários no Brasil pode indicar fortalecimento econômico para alguns, mas também reforça a urgência de políticas públicas que promovam uma distribuição mais justa da renda.