A implementação oficial está marcada para o dia 1º de outubro. Imagem: Adobe Stock.
O sistema Pix contará com uma atualização importante no seu protocolo de segurança. O Banco Central anunciou que o Mecanismo Especial de Devolução (MED) será reformulado para permitir uma experiência mais rápida e digitalizada na recuperação de valores em casos de fraudes, estelionatos ou transferências sob coação.
Autoatendimento proporciona mais rapidez ao processo do MED
A partir de 1º de outubro de 2025, os usuários poderão contestar transações suspeitas diretamente pelo aplicativo do banco, sem necessidade de atendimento telefônico ou presencial.
Esse modelo automatizado permite maior agilidade e uma resposta mais imediata ao usuário, eliminando etapas burocráticas.
Rastreio de contas
Outra inovação permite rastrear trajetórias dos valores desviados para outras contas, não se limitando mais à conta inicial da fraude.
O sistema agora identifica os caminhos percorridos pelos valores e compartilha essas informações entre os envolvidos na transação. Esse rastreamento permite recuperação em até 11 dias após a contestação.
O Banco Central prevê que a iniciativa contribua para ampliar a detecção de contas ligadas a golpes e facilitar a restituição de valores, o que tende a reduzir esse tipo de prática criminosa.
A ferramenta será disponibilizada de forma opcional a partir de 23 de novembro, mas sua implementação passará a ser obrigatória em 2 de fevereiro de 2026.
O que é o MED e quando ele pode ser usado?
O Mecanismo Especial de Devolução, criado originalmente em 2021, foi projetado para proteger os usuários em situações de fraude ou falhas operacionais das instituições financeiras.
No entanto, ele não se aplica a disputas comerciais ou transferências erradas feitas por descuido do pagador. Portanto, a nova versão do MED continuará com essa limitação.
Vantagens para os usuários
Com essa digitalização do processo, espera-se que os usuários tenham mais agilidade para resolver problemas, especialmente em casos urgentes. Além disso, a mudança busca reforçar a confiança no Pix, diminuindo o impacto de fraudes e facilitando a recuperação de valores quando comprovado o golpe.
Com bilhões de reais movimentados diariamente, o Pix se tornou uma das formas de pagamento mais populares no Brasil. Agora, com esse aprimoramento no sistema, o Banco Central dá mais um passo na proteção dos usuários, tornando o ambiente financeiro mais confiável para todos.