Pesquisa revela quanto do salário mínimo vai para a cesta básica (Foto: Adobe Stock)
Em julho, o valor da cesta básica de alimentos diminuiu em 15 capitais brasileiras e aumentou em outras 12, de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).
Os estados em que os valores mais diminuíram foram: Florianópolis (-2,64%), Curitiba (-2,40%), Rio de Janeiro (-2,33) e Campo Grande (-2,18%).
O levantamento revela que os aumentos mais significativos foram registrados na região Nordeste, com Recife liderando a lista com 2,80%, seguida por Maceió (2,09%), Aracaju (2,02%), João Pessoa (1,86%), Salvador (1,80%), Natal (1,44%) e São Luís (1,40%).
No acumulado do ano, também foi registrado aumento nos valores, com taxas que oscilaram entre 0,37%, em Goiânia, e 11,41%, em Recife.
São Paulo e Florianópolis são as capitais onde se encontram as cestas básicas mais caras, no valor de R$ 865,90 e R$ 844,89, respectivamente, seguidos por Porto Alegre (R$ 830,41), Rio de Janeiro (R$ 823,59) e Cuiabá (R$ 813,48).
Por outro lado, nas cidades das regiões norte e nordeste, onde a composição da cesta de alimentos é distinta, os valores mais baixos foram observados: Aracaju (R$ 568,52), Maceió (R$ 621,74), Salvador (R$ 635,08) e Porto Velho (R$ 636,69).
Mas afinal, levando em conta a variação do custo desse conjunto de alimentos, quanto um trabalhador que recebe um salário mínimo, de R$ 1.518,00, precisou gastar de sua renda para comprá-lo em julho?
Quanto do salário mínimo vai para a cesta básica?
Ao analisar a relação entre o preço da cesta básica e o salário mínimo líquido, considerando o desconto de 7,5% destinado à Previdência Social, os resultados indicam que, em média, quem recebe esse salário destinou 50,94% de seus rendimentos para a compra dos alimentos. No mês de junho, essa proporção subiu, alcançando 51,13%.
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Com base na cesta básica mais cara entre as capitais estudadas, que é a de São Paulo, o DIEESE estima que o salário mínimo necessário para um trabalhador manter uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 7.274,43 ou 4,79 vezes o mínimo reajustado em R$ 1.518,00.