Em 2014, Ruja Ignatova, uma empresária búlgara-alemã, surgiu no cenário das criptomoedas com a promessa revolucionária do OneCoin. Apresentada como uma alternativa inovadora ao Bitcoin, a moeda digital prometia retornos exorbitantes aos investidores, atraindo milhões de pessoas em todo o mundo.
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Segundo informações da BBC, Ignatova, conhecida como “rainha cripto”, construiu um império multimilionário em torno do OneCoin, utilizando técnicas de marketing multifacetadas e eventos luxuosos para atrair novos membros. No entanto, a fachada de sucesso logo ruiu.
Em 2017, investigações revelaram que o OneCoin era, na verdade, um esquema de pirâmide financeira, onde os retornos aos investidores vinham de novos membros recrutados, e não de nenhuma atividade legítima. A empresa de Ignatova deu um golpe de US$ 4,5 bilhões aos acionistas, o que equivale a mais de R$ 20 bilhões na cotação atual.
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Ignatova, antecipando a queda iminente, pegou um voo em outubro daquele ano da Ryanair de Sófia para Atenas e desapareceu naquele ano, deixando um rastro de dúvidas e perguntas sem resposta.
De acordo com a BBC, até hoje, seu paradeiro é desconhecido e muitas pessoas especulam se ela permanece escondida usando o dinheiro roubado ou se acabou sendo morta durante todo esse tempo.
As autoridades americanas a acusaram de fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e conspiração, e a incluíram na lista dos dez fugitivos mais procurados do FBI em 2022. Entre os nomes listados, ela era a única mulher presente. Como recompensa por qualquer informação que resulte na captura de Ignatova, a polícia federal dos Estados Unidos oferece US$ 100 mil.
Colaborou: Gabrielly Bento.