Criada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a Tarifa Branca tem se consolidado como uma opção para consumidores que desejam economizar na conta de luz. A modalidade oferece variação de preços conforme o horário de consumo, beneficiando aqueles que conseguem deslocar o uso da eletricidade para períodos de menor demanda.
Como funciona a Tarifa Branca?
A principal diferença entre a Tarifa Branca e a tarifa convencional está na forma como os preços são calculados. Enquanto na tarifa convencional o valor da energia é fixo ao longo do dia, na Tarifa Branca ele varia em três faixas horárias nos dias úteis:
- Horário de Ponta: corresponde ao período de maior consumo, geralmente entre 18h e 21h. Nesse horário, a energia é mais cara.
- Horário Intermediário: abrange o intervalo antes e depois do horário de ponta, com tarifa moderada. Por exemplo, das 16h30 às 17h30, retornando das 20h30 às 21h30.
- Horário Fora de Ponta: contempla as demais horas do dia, além de finais de semana e feriados, oferecendo o menor custo. Por exemplo, das 21h30 às 16h30 do dia seguinte.
Segundo a Aneel, a proposta da Tarifa Branca é estimular um consumo mais consciente e contribuir para a redução da pressão sobre o sistema elétrico nos momentos de pico. Essa modalidade pode render até 20% de desconto na conta de luz, dependendo do uso de cada consumidor.
Diferença entre Tarifa Branca e Bandeiras Tarifárias
Ao contrário do sistema de Bandeiras Tarifárias, que varia conforme as condições de geração de energia no país, a Tarifa Branca depende exclusivamente dos hábitos de consumo do usuário.
Enquanto as bandeiras verde, amarela e vermelha indicam se haverá acréscimos no valor da conta, a adesão à Tarifa Branca permite ao consumidor controlar seus custos ao ajustar os horários de uso da eletricidade. A definição da bandeira em vigor a cada mês é feita pela Aneel, sem possibilidade de escolha pelo consumidor.
Quem pode aderir?
Desde 2020, consumidores residenciais, comerciais e industriais podem solicitar a migração para a Tarifa Branca. A adesão é feita junto à distribuidora de energia, que realiza a troca do medidor convencional por um equipamento capaz de registrar o consumo em diferentes horários. No entanto, consumidores de baixa renda e serviços públicos essenciais não são elegíveis para essa modalidade.
Vale a pena aderir?
A adesão à Tarifa Branca pode representar uma grande economia para quem consegue deslocar o consumo de energia para os horários de menor custo. Por outro lado, quem utiliza equipamentos de alto consumo, como chuveiros elétricos e ar-condicionado, nos períodos de maior demanda pode acabar pagando mais.
A recomendação é de que os consumidores avaliem seus hábitos antes de optar pela Tarifa Branca. Quem consegue utilizar eletrodomésticos de alto consumo, como chuveiros elétricos e ar-condicionado, fora dos horários de pico pode se beneficiar da economia. Entretanto, aqueles que concentram o consumo nos momentos de maior demanda podem acabar pagando mais.
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A Aneel ressalta que, caso o consumidor não perceba vantagens na mudança, é possível retornar à tarifa convencional. Com planejamento, flexibilidade nos horários de uso de energia e adaptação dos hábitos, a Tarifa Branca é uma alternativa viável para quem busca reduzir os custos na conta de luz.
Colaborou: Gabrielly Bento.
