Trabalhou entre 1971 e 1988? Você pode ter dinheiro para receber

Por Jéssica Anjos

14/04/2025 | 13:50 Atualização: 14/04/2025 | 13:50

Trabalhou entre 1971 e 1988? Você pode ter dinheiro para receber
Foto: Adobe Stock — Trabalhou entre 1971 e 1988? Você pode ter dinheiro para receber Foto: Adobe Stock

Milhões de brasileiros que trabalharam com carteira assinada entre os anos de 1971 e 1988 podem estar entre os 10,5 milhões de cidadãos que têm direito a receber valores esquecidos no antigo Fundo PIS/Pasep. Ao todo, segundo o governo federal, estão disponíveis cerca de R$ 26 bilhões em recursos que devem ser liberados a partir do dia 28 de março.

A medida, anunciada pelo Ministério da Fazenda, busca devolver aos trabalhadores um dinheiro que pertence a eles, mas que, por diferentes motivos, nunca foi sacado. O valor médio estimado por beneficiário é de aproximadamente R$ 2,8 mil.

Como saber se tem direito?

Para facilitar o acesso à informação e ao saque, o governo lançou a plataforma Repis Cidadão — um canal digital onde é possível consultar a existência de saldo, solicitar os valores e acompanhar o processo de pagamento. O acesso é feito com a conta Gov.br, que deve estar nos níveis de segurança ouro ou prata.

Além disso, os cidadãos podem fazer a verificação por meio do aplicativo do FGTS, disponível gratuitamente para celulares Android e iOS. Aqueles que tiverem direito ao saque também poderão se dirigir a uma agência da Caixa Econômica Federal munidos de um documento oficial com foto para realizar a retirada.

Quem preferir poderá optar pela transferência dos valores diretamente para uma conta bancária de sua titularidade. O pagamento será realizado de forma escalonada, de acordo com a ordem dos pedidos feitos na plataforma.

Herdeiros também podem solicitar?

Os valores não resgatados pelos titulares falecidos também poderão ser retirados por seus herdeiros. Para isso, será necessário realizar o pedido por meio da plataforma Repis Cidadão, garantindo que o processo de liberação ocorra de maneira ágil e eficiente.

O governo orienta que os trabalhadores interessados façam a solicitação dos valores o quanto antes, já que o pagamento será liberado conforme a ordem dos pedidos.

Passo a passo para consultar e sacar os valores

Consulta

Acesse o site do Repis Cidadão;
Informe o CPF e a senha do Gov.BR;
Utilize o código de acesso gerado pelo aplicativo Gov.BR;
Insira o Número de Identificação Social (NIS), encontrado na carteira de trabalho, no extrato do FGTS, no Cartão Cidadão ou no portal Caixa Trabalhador;
Clique em “pesquisar” e, caso haja valores disponíveis, siga as instruções para efetuar o saque.

Saque

Compareça a uma agência da Caixa Econômica Federal com um documento oficial de identificação, se for o titular;
Caso seja herdeiro, apresente um dos seguintes documentos:
- a) Certidão do PIS/PASEP/FGTS emitida pela Previdência Social com a relação de dependentes habilitados à pensão por morte;
- b) Declaração de dependentes habilitados emitida pelo órgão pagador do benefício;
- c) Autorização judicial ou escritura pública assinada por todos os dependentes e sucessores, declarando não haver outros herdeiros.

Calendário de liberação dos valores

Os pagamentos serão feitos de acordo com a data da solicitação, conforme o cronograma abaixo:

Pedidos feitos até 28/02/2025 – Pagamento em 28/03/2025;
Pedidos feitos até 31/03/2025 – Pagamento em 25/04/2025;
Pedidos feitos até 30/04/2025 – Pagamento em 26/05/2025;
Pedidos feitos até 31/05/2025 – Pagamento em 25/06/2025;
Pedidos feitos até 30/06/2025 – Pagamento em 25/07/2025;
Pedidos feitos até 31/07/2025 – Pagamento em 25/08/2025;
Pedidos feitos até 31/08/2025 – Pagamento em 25/09/2025;
Pedidos feitos até 30/09/2025 – Pagamento em 27/10/2025;
Pedidos feitos até 31/10/2025 – Pagamento em 25/11/2025;
Pedidos feitos até 30/11/2025 – Pagamento em 26/12/2025;
Pedidos feitos até 31/12/2025 – Pagamento em 26/01/2026.

O governo recomenda que todos que trabalharam com carteira assinada no período entre 1971 e 1988 façam a consulta, mesmo que já tenham se aposentado ou mudado de área profissional. O saldo pode estar vinculado ao CPF ou ao número do PIS/Pasep do trabalhador.

Colaborou: Gabrielly Bento.

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