

O recente balanço do Banco do Brasil (BBAS3), que apontou uma queda de 60% no lucro líquido, reacendeu discussões entre especialistas e investidores sobre o futuro da instituição.
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O recente balanço do Banco do Brasil (BBAS3), que apontou uma queda de 60% no lucro líquido, reacendeu discussões entre especialistas e investidores sobre o futuro da instituição.
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Para alguns, o momento representa uma janela de oportunidade para investir em ações desvalorizadas. Para outros, o resultado fraco é um sinal claro de que o banco precisa se reinventar para seguir competitivo, especialmente frente ao avanço das fintechs e bancos digitais.
Segundo o E-Investidor, para a investidora Louise Barsi, o cenário atual não deve ser motivo de pânico para quem tem foco em resultados futuros.
Em uma live promovida pela AGF, ela defendeu que o comportamento impaciente de muitos acionistas pode levar a decisões equivocadas. Segundo ela:
“Quem planta vento, colhe tempestade. Se vocês ficarem tentando adivinhar cotação de curto prazo, vão perder dinheiro.”
Barsi reforçou que, a escolha de manter ou vender ações do Banco do Brasil deve se apoiar na confiança na força da instituição para se recuperar no futuro, em vez de se basear apenas nas oscilações passageiras do mercado.
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Seguindo pela mesma linha, o analista Pedro Galdi (CNPI), da AGF, adotou uma postura bem confiante em relação ao cenário do Banco do Brasil. Para ele, a deterioração dos números recentes não reflete uma fragilidade estrutural, mas sim um episódio isolado.
Segundo Galdi, mesmo com o desempenho menos favorável no primeiro semestre de 2025 (1S25), a perspectiva para os papéis da instituição permanece positiva, já que os fundamentos do banco seguem sólidos. Ele acrescenta que a queda no pagamento de dividendos tem caráter provisório, resultado do reforço nas provisões, e deve voltar ao normal já no próximo ano.
Em sua análise, os papéis BBAS3 continuam sendo um “excelente ativo para formação de carteira previdenciária”.
Já os influenciadores financeiros Thiago Nigro e Bruno Perini, do canal O Primo Rico, adotaram uma postura mais crítica.
Ainda de acordo com o E-Investidor, eles compararam o desempenho do Banco do Brasil ao do Nubank, que, mesmo com pouco mais de uma década de existência, já mostra resultados semelhantes. Para eles, o banco público sofre com atraso tecnológico e lentidão na adaptação ao novo perfil do consumidor.
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Nigro e Perini destacaram que o Banco do Brasil enfrenta desafios internos sérios. Segundo eles, O Banco do Brasil tem uma tecnologia “bem antiquada”, enquanto o Nubank é “um case da OpenAI”, com uso eficiente de inteligência artificial.
Nigro também lembrou que a inadimplência superou os 6%, o maior índice da série histórica, o que pressiona ainda mais os resultados do banco.
Apesar do cenário desafiador, Thiago Nigro vê possibilidades de recuperação para o Banco do Brasil. A esperada redução da taxa Selic em 2026 pode ajudar a estimular o crédito, reduzir a inadimplência e melhorar os números dos bancos tradicionais. Para investidores, o momento exige atenção e alinhamento com seu perfil de risco.
Colaborou: Giovana Sedano.
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