
Por Daniel Rocha
05/08/2025 | 10:56 Atualização: 05/08/2025 | 17:41

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O dólar hoje fechou estável, recuando 0,01%, a R$ 5,5060. Na abertura de mercado, os ganhos chegaram a 0,42%. Ao longo da sessão, a moeda americana ficou suscetível às novas críticas do presidente americano, Donald Trump, sobre a condução da política monetária do Federal Reserve (Fed). Na última quarta-feira (30), o BC americano decidiu manter os juros inalterados entre 4,25% a 4,50% ao ano.
Em entrevista à CNBC, o republicano disse hoje pela manhã que o presidente do Fed, Jerome Powell, é “muito político e atrasado”. “Ele está sempre atrasado. Só cortou os juros antes das eleições”, disse Trump. O presidente americano acrescentou ainda que o ex-diretor do Fed Kevin Warsh e o diretor do Conselho Econômico dos EUA, Kevi9n Hasset, seriam bons candidatos para comandar a autoridade monetária no futuro.
O chefe da Casa Branca aproveitou para voltar a criticar o Escritório de Estatísticas do Trabalho dos Estados Unidos (BLS, na sigla em inglês). Para ele, o órgão é antiquado e muito político. As falas de Trump surgem após o BLS divulgar dados de empregos que sinalizaram uma desaceleração na economia dos Estados Unidos.
O presidente dos EUA demitiu Erika McEntarfer do cargo de comissária do escritório do trabalho depois de acusá-la, sem provas, de manipular os dados de emprego para prejudicar o seu governo. Segundo o Departamento do Trabalho dos EUA, o país criou 73 mil empregos em julho, em termos líquidos. Os números vieram aquém do esperado pelo mercado que projetava um resultado de 101 mil, segundo informações do Broadcast.
A agenda tarifária também fica no radar dos investidores. Trump disse que está próximo de um acordo com a China e ameaçou subir substancialmente as tarifas contra a Índia ao avaliar que o país não tem sido um bom parceiro comercial.
“A moeda alternou entre ganhos e perdas ao longo do dia, influenciada pela combinação de fatores externos e internos: no exterior, indicadores mistos e declarações de autoridades do Federal Reserve reforçaram expectativas de corte de juros em setembro”, comenta Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, “No cenário doméstico, a ata do Copom reafirmou a manutenção da Selic em nível elevado por período prolongado.”
Por aqui, os investidores ficam atentos à repercussão sobre a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro por violar as medidas cautelares. A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) eleva a tensão dos mercados que temem que uma nova ofensiva de Trump contra o Brasil. O senador Flávio Bolsonaro (PL) disse “ser difícil” os EUA não reagirem.
Com informações do Broadcast
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