

Por Daniel Rocha
04/08/2025 | 9:50 Atualização: 04/08/2025 | 10:06

Publicidade
CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE
O dólar hoje recua com os investidores à espera das negociações entre os Estados Unidos e o Brasil sobre as tarifas de 50% para alguns produtos brasileiros. Logo na abertura, por volta das 9h (de Brasília), a moeda americana recua 0,19%, a R$ 5,5348. Já às 10h, as perdas do câmbio chegaram a 0,51%, com mínima de R$ 5,515.
Na sexta-feira (1), o presidente americano, Donald Trump, abriu espaço para receber uma ligação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para discutir um acordo comercial entre os dois países. “Ele pode falar comigo a qualquer momento”, diz o republicano.Já na última quarta-feira (30), o governo americano flexibilizou as medidas para o Brasil. Além de mudar o prazo para do início da cobrança das taxas, que passou para a próxima quinta-feira (7), anunciou a isenção da tarifa de 40% para quase 700 itens brasileiros, como castanha-do-pará, polpa de laranja e categorias de sumo de laranja.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Mesmo com alívio, o mercado aguarda avanços nas negociações, enquanto o governo avalia, em paralelo, medidas de contingência para socorrer os setores afetados. Em meio a esse impasse, Diego Costa, head de câmbio para o Norte e Nordeste da B&T XP, explica que o discurso político em tono das taxas de importação deve ganhar ainda mais relevância para os mercados.
“A reação do presidente Lula às tarifas impostas pelos Estados Unidos, com críticas à condução diplomática americana, eleva o tom da retórica e reacende um debate comercial que pode afetar a confiança dos investidores e a previsibilidade institucional”, diz o especialista.
Publicidade
A repercussão da demissão da comissária do Escritório de Estatísticas do Trabalho dos Estados Unidos (BLS, na sigla em inglês), Erika McEntarfer, por ordem direta de Trump também deve influenciar o mercado de câmbio. Isso porque, sem citar provas, o republicano acusou McEntafer de manipular os dados de emprego, que foram divulgados na última sexta-feira (1) e mostraram uma desaceleração na economia dos EUA, para prejudicar seu governo.
Especialistas criticaram a decisão e alertaram que a medida de Trump pode comprometer a confiança dos dados. O Nobel de Economia Paul Krugman classificou o episódio como um marco de deterioração institucional. “Adeus, dados econômicos confiáveis”, escreveu. “Nos últimos seis meses, vimos instituição após instituição ser corrompida. Agora eles vieram atrás dos dados econômicos. Não podemos mais tratar os dados do BLS como padrão-ouro”, acrescentou.
Com informações do Broadcast
Publicidade
Invista em informação
As notícias mais importantes sobre mercado, investimentos e finanças pessoais direto no seu navegador