Por Denise Luna – A gasolina no Brasil voltou a ficar mais cara do que no mercado internacional, com a desvalorização do real mitigando o impacto da queda do preço do petróleo nos últimos dias. Segundo dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), o preço médio da gasolina está 3% acima da paridade de importação (PPI), e seria possível uma redução de R$ 0,11 por litro.
Leia também
A média tem sido elevada pela Acelen, controladora da Refinaria de Mataripe, na Bahia, privatizada no final do ano passado. Os preços da gasolina no mercado baiano estão 6,6% acima dos praticados pela Petrobras – R$ 4,33 e R$ 4,06, respectivamente, segundo dados do Observatório Social do Petróleo (OSP). Em relação ao Golfo do México, os preços na Bahia estão 11% maiores.
Já o preço do diesel está com defasagem média de 2%, segundo a Abicom. A Acelen está praticando um preço médio R$ 0,29 menor do que o da Petrobras. O litro do diesel está sendo vendido em Mataripe por R$ 5,32 e nas refinarias da estatal a R$ 5,61, conforme o OSP.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
O temor de uma recessão maior do que a esperada tem trazido alta volatilidade para os preços do petróleo, que estão operando nesta quarta-feira abaixo do patamar de US$ 100 o barril e pioraram após a divulgação dos dados de inflação ao consumidor dos Estados Unidos. O dólar, por sua vez, permanece em nível alto e opera em torno dos R$ 5,4 no mercado à vista.
Os preços da Petrobras seguem a política de paridade com a importação (PPI), que leva em conta a variação do preço do petróleo, do câmbio e dos custos de importação (frete/portos).