Devanir Silva, diretor-presidente da Abrapp. (Foto: Nicolas Siegmann/ Divulgação Abrapp)
A Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp) divulgou nesta quinta-feira (16) os resultados do primeiro semestre de 2025, destacando um total de R$ 1,3 trilhão em ativos sob gestão. Em coletiva de imprensa, o diretor-presidente da entidade, Devanir Silva, comentou sobre o reflexo da crise do Banco Master sob a Abrapp.
Durante coletiva de impresa, Silva comentou sobre episódios negativos de crédito privado e eventuais impactos sobre os fundos de pensão. “Nós, felizmente, não tivemos nenhum caso dessas situações de crédito que tenha abalado as nossas entidades”.
Em seguida, ele abordou diretamente a menção ao Banco Master, reforçando que nenhuma entidade fechada de previdência complementar foi afetada. “Outro dia saiu uma nota com uma ideia equivocada sobre isso. Os fundos de pensão não tinham investimento no Banco Master e não perderam nada. Tivemos investimento zero no Banco Master. Nunca tivemos. Poderia até ter, como ocorre naturalmente no mercado, mas não aconteceu”, afirma o diretor.
“Hoje, dentro de uma gestão baseada em risco, a análise é permanente. Isso é parte da segurança que as nossas gestões mantêm. Passamos por esses episódios sem nenhum reflexo sobre os planos”, complementa.
O discurso de Devanir Silva reflete sobre a resiliência e a governança dos fundos de pensão diante das turbulências do mercado financeiro, especialmente em um momento em que crises de crédito, como a do Banco Master, têm gerado preocupações no sistema.
Previdência complementar fechada cresce no 1º semestre
Em nota, a Abrapp ressaltou o crescimento da previdência complementar fechada no 1º semestre deste ano. Os ativos do sistema de Previdência Complementar Fechada (EFPC) acumularam R$ 1,33 trilhão, correspondendo a cerca de 11% do PIB nacional em 2024 (em torno de R$ 11,7 trilhões).
A rentabilidade média acumulada até junho atingiu 6,48%, ficando acima da meta atuarial de 5,1% e dos principais indicadores de referência, como o CDI (6,27%) e o Ibovespa (6,01%). Entre as modalidades de plano, o desempenho também foi positivo: contribuição variável registrou 7,09%, contribuição definida alcançou 6,89% e benefício definido, 6,01%.
A rentabilidade média acumulada até junho atingiu 6,48%, ficando acima da meta atuarial de 5,1% e dos principais indicadores de referência, como o CDI (6,27%) e o Ibovespa (6,01%). Entre as modalidades de plano, o desempenho também foi positivo: contribuição variável registrou 7,09%, contribuição definida alcançou 6,89% e benefício definido, 6,01%.
“Mais do que proteger aposentadorias, as EFPCs são investimentos de longo prazo e desempenham um papel essencial na formação da poupança nacional. Essa poupança não apenas dá segurança ao trabalhador, mas também gera recursos estáveis que alimentam o crescimento da economia”, afirma Devanir Silva, diretor-presidente da Abrapp.