Os analistas do Itaú BBA acreditam que os papéis da Ambev (ABEV3) refletiram nesta sexta-feira (5) uma revisão de expectativas do mercado em relação ao desempenho da divisão de cerveja brasileira da Ambev para o primeiro trimestre de 2024. Perto do encerramento do pregão, as ações recuavam 1,84%, a R$ 12,24.
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“Seguindo um discurso otimista adotado pela indústria e reforçado pelas nossas verificações de canais, acreditamos que o consenso de mercado (buy side) estabeleceu expectativas mais elevadas, mas que agora são menos prováveis de se materializar devido à atividade mais fraca em março e aos potenciais efeitos no mix de canais”, escreveu Gustavo Troyano. Ainda assim, espera-se que os volumes e receitas por hectolitro do segmento aumentem 2,5% e 3,6%, respectivamente.
Na área internacional, após efeitos pontuais e contábeis na Argentina, a América Latina deverá experimentar uma recuperação sequencial em termos de receitas e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), segundo o banco. No entanto, o cenário macro desafiador persiste e leva a baixas expectativas de volumes.
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“A previsão do primeiro trimestre de 2024 pode decepcionar a maioria dos investidores. Embora os resultados trimestrais não devam ser fracos, o trimestre sem brilho pode desencadear uma sensação de que poderia ter sido melhor, especialmente após indicadores sólidos na indústria brasileira de cerveja”, concluem. A casa mantém recomendação neutra para o papel, com preço-alvo de R$ 15, potencial alta de 20,3% ante o fechamento de ontem.
A projeção é de receita líquida de R$ 19,5 bilhões, Ebitda ajustado de R$ 6,5 bilhões e lucro líquido ajustado de R$ 3,2 bilhões para o primeiro trimestre de 2024.