Papéis do GPA (PCAR3) recuaram até 9% após o Citi rebaixar recomendação para venda e cortar preço-alvo. (Foto: Adobe Stock)
As ações do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) enfrentaram uma sessão de forte volatilidade nesta terça-feira (30). Às 11h00, os papéis chegaram a recuar 9,17%, liderando as principais baixas do Ibovespa, que no mesmo momento avançava 0,41%, aos 146.941 pontos. Agora, às 12h59, a queda do GPA se estabilizava em 6,88%, com cotação a R$ 4,06.
O movimento foi impulsionado, principalmente, pelo rebaixamento da recomendação do Citi, que passou de neutra para venda. O banco também reduziu o preço-alvo do papel de R$ 3,40 para R$ 2,80 – o que representa um potencial de desvalorização de 35,8% em relação ao fechamento da véspera.
Segundo o relatório, a revisão ocorreu após a atualização do modelo para a empresa antes da divulgação do balanço do terceiro trimestre.
Apesar da visão mais cautelosa, o Citi reconhece avanços na gestão do GPA:
A administração da companhia sem dúvida tem feito progressos significativos na recuperação operacional.
Por outro lado, o banco alerta para desafios relevantes. As responsabilidades fiscais, por exemplo, “foram apenas parcialmente renegociadas”, o que segue como um ponto de pressão.
A fraqueza não foi exclusiva do GPA. Outras varejistas também recuaram, como Magazine Luiza (MLGU3, -4,80%), Lojas Renner (LREN3, -2,98%), C&A (CEAB3, -3,03%), Assaí (ASAI3, -0,21%), Petz (PETZ3, -0,79%) e Azzas (AZZA3, -1,06%). Para Fábio Lemos, sócio da Fatorial Investimentos, o ambiente macroeconômico ajuda a explicar essa pressão sobre o setor. “O crédito mais restritivo e a deterioração fiscal aumentam o prêmio de risco, encarecem o financiamento e reduzem o espaço para retomada forte no varejo”, avalia.